Buscar

06/11/2017 às 17:32, Atualizado em 06/11/2017 às 15:29

Tucano de MS critica FHC por defender que PSDB deixe Temer em dezembro

Geraldo Resende diz que divergências devem ser discutidas internamente.

Cb image default
Divulgação

Deputado federal de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende (PSDB) criticou a postura do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que expôs publicamente sua opinião de que o tucanato deve desembarcar do governo Michel Temer (PMDB) até dezembro, quando ocorre convenção do partido.

Para Resende, este tipo de questão deve ser discutido internamente entre os membros da sigla, evitando revelar posições através dos meios de comunicação. “Não dá para o partido divulgar posições divergentes na imprensa”, disparou o tucano em entrevista ao Midiamax na manhã desta segunda-feira (6).

Alheio a isso, em artigo veiculado em jornais no domingo (5), FHC demonstra preocupação com as chances eleitorais do PSDB para 2018 caso mantenha apoio a Temer. “É hora de decidir, de juntar as facções internas e centrar fogo nos adversários externos”.

“Politicamente, há um ponto crítico e alguma decisão deverá ser tomada: ou o PSDB desembarca do governo na Convenção de dezembro próximo, e reafirma que continuará votando pelas reformas, ou sua confusão com o peemedebismo dominante o tornará coadjuvante na briga sucessória”, justifica Fernando Henrique Cardoso.

Com o cenário atual, pesquisas de opinião feitas nas últimas semanas pelos tucanos mostram um panorama bem complicado para o partido. Segundo publicou o blog Painel do jornal Folha de S. Paulo em outubro, 75% dos brasileiros não acreditam nas chances de que algum membro do PSDB consiga a vitória nas eleições presidenciais em 2018.

Das perguntas aos simpatizantes do partido se conclui que uma das questões que mais estão prejudicando a imagem do PSDB é a aliança com Temer.

Questionado sobre as opiniões do presidente de honra do PSDB, Geraldo Resende criticou a exposição “neste momento conturbado” e argumenta que seus correligionários devem esperar até a convenção do partido, no dia 9 de dezembro, para definir sobre a manutenção do apoio a Temer e as eleições para a presidência da sigla.

“Nó vamos ter que conversar em dezembro. Não quero expor na imprensa divergências internas no partido. Vamos aguardar o congresso estadual e nacional para definir uma posição”, conclui Resende.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.