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21/08/2017 às 15:39, Atualizado em 21/08/2017 às 12:41

Tribunal de Justiça de MS e Prefeitura de Nova Andradina lançam projeto “Mãos emPENHAdas”

O “Mãos Empenhadas” foi lançado na noite desta sexta-feira.

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Divulgação

Conforme as experiências de quem trabalha no acolhimento e diligência das denúncias, em grande parte dos casos, profissionais de beleza são receptores dos “desabafos” das vítimas que não tem a quem recorrer quando o assunto é buscar auxílio e socorro. Aproveitando este recorte junto a este triste fenômeno social, a juíza titular da 3ª Vara da Violência Doméstica de medidas Protetivas e também titular da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de MS Jacqueline Machado veio à Nova Andradina lançar o projeto “Mãos emPENHAdas”, que visa capacitar os profissionais da área da Beleza.

O “Mãos Empenhadas” foi lançado na noite desta sexta-feira (18) no auditório do Tribunal do Juri do Fórum de Nova Andradina e contou com a presença de inúmeros colaboradores da sociedade e dos poderes constituídos. Em Nova Andradina, o projeto será desenvolvido a partir de mais uma parceria do Tribunal de Justiça com o Governo Municipal, através da Secretaria Executiva de Políticas para a Mulher.

Estiveram presentes o vice prefeito Newton Luiz de Oliveira, a secretária de Políticas Públicas para a Mulher Jozeli Chulli, a vereadora e primeira dama do município Joana Darc, a presidente do Conselho da Mulher Meise Silvestrin,

Este projeto iniciou na capital sul-mato-grossense e tem Nova Andradina como a primeira cidade do interior a recebe-lo. O “Mãos Empenhadas” já está concorrendo na categoria “Juiz” ao Prêmio Innovare, a mais respeitada premiação destinada a destacar as boas práticas do Judiciário brasileiro.

A Secretária Executiva de Políticas para a Mulher Jozeli Chulli salientou a importância do projeto e homenageou a Drª Jacqueline por seu empenho e dedicação no desenvolvimento de seu trabalho, em especial, em favor da emancipação das mulheres. “A Doutora ultrapassa os limites de sua profissão, do seu cargo, visando o bem estar de todas as pessoas. Estamos lisonjeadas por sermos a primeira cidade a receber o projeto e vamos juntos fortalecer a rede de proteção da mulher contra a violência”, explanou Jozeli.

A Juíza, que já atuou em Nova Andradina, alertou que a violência doméstica acontece silenciosamente em todas as camadas sociais, muitas das vezes, sob o conhecimento de familiares, vizinhos ou amigos das vítimas, que preferem o silêncio frente aos riscos de se expor ou se contrapor ao agressor. Jacqueline Machado relatou que o número de denúncias aumentaram porque as mulheres têm se encorajado a enfrentar esse estigma que fere a dignidade e toda a família.

“A vítima de violência doméstica, na maioria dos casos, não denunciam seus agressores por várias questões que vão desde o temor pelo constrangimento da exposição da intimidade, por pressões psicológicas, até mesmo, por temer que as ameaças de morte, sempre recorrentes em casos assim, venham a se concretizar. Porém, a nossa luta confronta essa realidade que precisa ser combatida. Nosso trabalho surte efeito, mas depende da contrapartida da sociedade em somar esforços neste sentido”, defendeu a magistrada.

Fonte - Assessoria

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