Publicado em 10/04/2017 às 17:02, Atualizado em 10/04/2017 às 15:29

Sindicalistas acusados de agressão se calam em DP e pedem renúncia de Elizeu

Deputado alegou ter sido agredido em aeroporto por manifestantes.

Redação,

Quase duas semanas após uma confusão no Aeroporto da Capital, envolvendo o deputado federal Elizeu Dionizio (PSDB) e manifestantes que protestavam contra a reforma da previdência, sindicalistas que estavam no local do incidente foram convidados a prestar esclarecimentos na 6ª DP (Delegacia de Polícia) da Capital.

Mesmo acompanhado de policiais civis na chegada ao Aeroporto, no último dia 28 de março, Dionizio registrou boletim de ocorrência por agressão, e nesta segunda-feira (10) Roberto Botareli, presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Weberton Sudario, da Fetricom/MS (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Mato Grosso do Sul) e Ricardo Bueno, do Sintss-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul), estiveram na delegacia.

“O Elizeu está tentando criminalizar um ato político”, disse o advogado Ronaldo Franco, ex-secretário do governo Zeca do PT, e que defende o presidente da Fetems. Segundo ele, como o tucano deputado está no exercício do mandato de deputado federal, e por ser funcionário público federal, o caso deveria ser acompanhado pela Polícia Federal.

Primeiro a falar pelos sindicalistas, Sudário revelou que os três manteriam silêncio diante do delegado. A alegação dos sindicalistas, que negam as agressões, é que Elizeu, por ser deputado federal, deveria ter denunciado o ocorrido na esfera federal, e não na polícia civil.

“Se ele (Dionizio) renunciar ao cargo de deputado federal ai é justo (processo tramitar na esfera estadual). Aqui não é o foro correto para dar prosseguimento ao inquérito”, disse Estevan Rocha, diretor da Força Sindical, e um dos sindicalistas que acompanhou a chegada do trio à delegacia.

O caso

No dia 28 de março, Elizeu chegou ao aeroporto acompanhado de dois policiais civis, que o escoltaram até a área de embarque. No trajeto, uma confusão se formou depois que diversos manifestantes protestaram contra o tucano. O deputado afirma que levou chutes e socos e chegou a requisitar imagens do circuito interno do local para embasar sua denúncia.

Fonte - Midiamax