Publicado em 01/09/2020 às 07:00, Atualizado em 31/08/2020 às 18:55

Simone Tebet garante que Congresso não votará reforma tributária que prejudique os mais pobres

Ela diz que não serão criados mais impostos para classe média

Redação,
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Divulgação

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), disse que o Congresso não votará uma reforma tributária que prejudique os mais pobres nem que crie impostos para a classe média nesta segunda-feira (31).

“Podemos unificar programas sociais, mas jamais vamos acabar com programas como o seguro-defeso e Farmácia Popular”.

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado comentou sobre a reforma durante entrevista ao programa Tribuna Livre, da Rádio Capital FM.

Ela concorda com a unificação de programas sociais, desde que não se tire benefícios das classes C e D para dar para a classe E. Simone defende que os mais ricos deem a sua parcela de contribuição e cita, por exemplo, a inexistência de taxação sobre lucros e dividendos.

A senadora é a única parlamentar de MS na Comissão Mista da Reforma Tributária. Ela acredita que o Governo quer propor um sistema mais justo, “mas na hora que vai colocar no papel todas as necessidades, a conta não fecha. O discurso ficou contaminado por uma série de necessidades que não poderão entrar no cesto da reforma tributária”, disse referindo-se também à busca por fonte de recursos para financiar o programa Renda Brasil, que substituirá o Bolsa Família.

“Nós temos condições de fazer um bolsa família, com um valor muito superior aos R$ 190 reais. Em média, coisa de R$ 300, R$ 350, mas para isso, tem de tirar de quem pode pagar mais. Muita gente não paga imposto e ganha milhões. Um exemplo é a taxação sobre lucros e dividendos de pessoas muito, muito ricas. Estou falando da classe AA. Se tributasse minimamente essas pessoas já seria suficiente para aumentar o Bolsa Família (Renda Brasil). É esse tipo de reforma tributária que queremos para o País. Do contrário, é melhor não fazer”, disse.

A senadora também se posicionou contrária a recriação de uma “CPMF disfarçada. Eu falei que não adianta passar batom na CPMF e tentar vender como um novo imposto porque ela vai continuar CPMF e o Congresso Nacional tem esse compromisso com o País: não vai criar impostos”, disse.