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03/06/2017 às 06:31, Atualizado em 02/06/2017 às 16:56

Servidores se unem e já sinalizam 'grande paralisação' em Mato Grosso do Sul

Categorias pressionam o governador, na tentativa de evitar 'caos' no Estado.

Após diversos diálogos com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), os servidores de Mato Grosso do Sul realizam encontros entre as categorias através do Fórum dos Servidores, fazendo o agendamento de assembleias para definir a data para iniciar greve por tempo indeterminado. Agora, há possibilidade real dos servidores do Estado cruzarem os braço.

De acordo com Lucílio Souza, que além de comandar a ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação), que também pertence ao Fórum de Servidores de MS, tendo voz ativa na educação, o governador deixou claro que o Estado continua com a ideia de reajuste zero.

"Estamos conversando, através do Fórum dos Servidores, que possui mais de 22 sindicatos cadastrados e a ideia, é dar início a greve por tempo indeterminado. O governador já demonstrou que não tem acordo. Eu respondo pela educação no Fórum dos Servidores e a categoria da rede estadual já sinaliza que a ideia é iniciar greve", diz Lucílio.

Ele afirma que o prazo de dois meses solicitado pelo governador, foi rejeitado. "Ele pediu para esperar até agosto, não podemos esperar tudo isso, já esperamos muito. A educação principalmente, estamos aguardando uma atitude desde o dia 1º de janeiro deste ano e não adiantou nada esperar. Ele não tem proposta, ele não vai atender a categoria".

Conforme Lucílio, a greve deve ser iniciada em quinze dias, concedendo ainda, um prazo para que Azambuja se manifeste. "Fica complicado prever exatamente o início da greve, mas acredito que as assembleias devem ser realizadas até a próxima semana e no máximo, em 15 dias, devemos dar o prazo para o governador. Vamos emitir alerta e se ele não se manifestar, várias categorias, Polícia Militar, Polícia Civil, administrativos, entre outros, devem iniciar greve".

Os servidores se reuniram com Reinaldo no dia 22 de maio, mas as negociações não avançaram. No encontro o governador disse que o Estado não possui recurso para atender a reivindicação do Fórum dos Servidores, que pleiteia reajuste de 8,12% para todas as categorias.

Outras categorias

A Federação dos Servidores Públicos Estaduais e Municipais de Mato Grosso do Sul conseguiu garantir o reajuste de 7,9% para cerca de 10 mil servidores que recebem o subsídio da PCI (Parcela Constitucional de Irredutibilidade) e não tiveram reajuste em dezembro. O PCI é concedido para profissionais que recebem um pouco a mais que o teto da categoria por méritos pessoais, mas o aumento incidirá apenas sobre o benefício.

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