Publicado em 20/03/2017 às 06:31, Atualizado em 19/03/2017 às 22:02

Reinaldo condena ‘estardalhaço’ da PF em prejuízo ao mercado

Governador avalia que a operação 'não corresponde ao tamanho do mercado e qualidade da carne brasileira'.

Redação,
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Foto - Chico Ribeiro

O governador Reinaldo Azambuja disse, em Guia Lopes, onde cumpriu agenda neste domingo (19), que a Polícia Federal, Ministério Público e Justiça prestaram um desserviço ao fazerem “um estardalhaço” diante da operação que identificou irregularidades em três frigoríficos com unidades de produção em 12 estados.

“Não se trata de defender os maus funcionários e empresários corruptos, que devem ser punidos com rigor. O que nos causa preocupação é por que essa pirotecnia, desqualificando toda a carne brasileira. Isso é muito ruim, prejudicial ao mercado e ao país. Será que tem algum pano de fundo nisso tudo?”, declarou.

Segundo Reinaldo, o Brasil já enfrenta resistências de países, como Estados Unidos e Austrália, em razão do crescimento das exportações brasileiras, por isso acredita que o superdimensionamento de “casos pontuais” e isolados possa ter alguma razão. Para o governador, “não se pode criminalizar toda a carne brasileira por causa de alguns maus funcionários e empresários corruptos, em prejuízo a toda uma cadeia produtiva”.

“Há 5 mil frigoríficos em todo o País e se há uma investigação há dois anos os culpados já deveriam estar presos. É um erro da investigação em passar a impressão que todos os frigoríficos agem de má fé em prejuízo ao consumidor. A certificação sanitária no Brasil é reconhecida internacionalmente, a carne produzida aqui é considerada de alta qualidade”, afirmou o governador.

Na avaliação de Reinaldo, “a operação monstruosa, como foi passada à imprensa”, “não corresponde ao tamanho do mercado e qualidade da carne brasileira”. Por fim, ele disse que vai se reunir com entidades do setor pecuário e avaliar com o Ministério da Agricultura o impacto do estardalhaço da Polícia Federal em uma operação que descobriu irregularidades “em uma fração mínima da indústria frigorífica”.

Fonte - Noticias MS