Publicado em 04/08/2018 às 15:01, Atualizado em 04/08/2018 às 10:56

RANKING: Deputados de MS produziram 109 projetos de lei em 4 anos; cada um custou mais de R$ 600 mil

Dos oito deputados, Elizeu Dionizio lidera ranking e Zeca do PT aparece na última colocação.

Redação,
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Foto: Reprodução site Midiamax

Os oito deputados federais que representam Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional apresentaram, no atual mandato de quatro anos que se encerra em dezembro, 109 projetos de lei. Considerando levantamentos que estimam que cada parlamentar custe R$ 2,1 milhões por ano aos cofres públicos, cada projeto sul-mato-grossense teve um custo estimado em mais de R$ 600 mil.

De acordo com dados da Câmara dos Deputados, o ano em que os parlamentares do Estado mais apresentaram projetos foi o primeiro desta legislatura: 2015. Nesse período, os deputados propuseram 32 leis para apreciação. Todas as propostas seguem em tramitação e apenas uma foi arquivada.

No ano seguinte, em 2016, os oito deputados federais propuseram 27 projetos de lei. Todos ainda seguem em tramitação. Em 2017, o número foi ainda menor, 23 projetos, e segundo a Câmara dos Deputados, apenas um foi arquivado, o restante também está sob análise. Neste ano, o último desse mandato que se encerra em dezembro, os oito deputados apresentaram 27 propostas até este início de agosto. Como ocorrido no ano passado, apenas um projeto de lei foi arquivado, os outros 26 ainda tramitam na Câmara Federal.

Com base nos números disponíveis no site da Câmara Federal, o Jornal Midiamax fez um ranking que revela o trabalho dos deputados nos últimos quatro anos quando o assunto é criação de projeto de lei, uma das principais atribuições dos parlamentares.

Neste levantamento, a reportagem levou em conta também os projetos apresentados por Carlos Marun (MDB), que se licenciou do cargo em dezembro do ano passado para se tornar ministro e deu lugar ao suplente Fábio Trad (PSD), as propostas de Trad também foram contabilizadas no ranking.

Dos 109 projetos de lei apresentados pelos deputados do Estado, 28 deles foram criados por Elizeu Dionizio (PSB), que ocupa a ponta do ranking. Na sequência está Dagoberto Nogueira (PDT), com 17 projetos e em terceiro lugar Geraldo Resende (PSDB), com 13 propostas.

Em quarto lugar como autor de mais propostas está Fabio Trad (PSD), com 13 projetos de lei. Completam o ranking Tereza Cristina (DEM) com 12 projetos, Carlos Marun (MDB) e Vander Loubet (PT) ambos com 8, Luiz Henrique Mandetta (DEM) com 6 projetos de lei e por último o deputado Zeca do PT, com 4 propostas.

Quanto custa?

No mês passado o Jornal Midiamax revelou que quando o assunto são as cotas parlamentares, os oito deputados do Estado consumiram mais de R$ 1,5 milhões dos cofres do Congresso apenas nos primeiros seis meses deste ano.

No entanto, o custo de cada parlamentar não está restrito à cota parlamentar. Entram nessa conta o salário do deputado, auxílio moradia, verba para contratação de pessoal, auxílio alimentação, ajuda para aluguel de carros entre outros gastos.

Levantamento de março passado feito pelo Congresso em Foco estima que por ano cada deputado custe R$ 2,1 milhões para o país. Com base nesta conta, todos os anos os oito políticos de Mato Grosso do Sul são responsáveis por consumir R$ 16,8 milhões dos cofres públicos.

O Jornal Midiamax fez um paralelo desse custo com o trabalho dos deputados. Com uma média de 27 projetos apresentados por ano pela bancada sul-mato-grossense, os números revelam que cada projeto custou, em média, R$ 616 mil aos cofres públicos. Mais de meio milhão de reais.

Os números permitem uma avaliação ainda mais ampla. Em um mandato de quatro anos, os oito parlamentares custam R$ 67,2 milhões ao Brasil. Todos os detalhes dos projetos de lei apresentados pelos deputados assim como a tramitação das propostas podem ser conferidos por qualquer cidadão no Portal da Câmara dos Deputados