Publicado em 25/03/2013 às 11:20, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24

Puccinelli diz que Delcídio não é Pelé e planeja fazer de Simone a ‘Marta’ do Governo

Nova Notícias - Todo mundo lê

Redação, Midiamax

O governador André Puccinelli (PMDB) disse na sexta-feira (22) em Corumbá que o senador Delcídio Amaral (PT) é hoje o candidato mais forte na disputa para o Governo do Estado em 2014. Porém, nesta segunda-feira (25), em Campo Grande, minimizou a força do senador.

Puccinelli vive dizendo que é o Pelé da disputa pelo Senado, já que, na avaliação dele, é hoje imbatível. Neste sentido, a reportagem perguntou se Delcídio seria hoje o Pelé da briga pelo Governo do Estado, e ele tratou de negar. “Não, Pelé não. Pelé de jeito nenhum”, analisou, em meio a um riso de deboche.

O governador também foi questionado se o ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) teriam condições de chegar a este patamar de “Pelé” da disputa e voltou a defender a candidatura de Simone.

“Se treinarem bastante vamos fazer. Quem sabe eu não faça da Simone a Marta, cinco vezes melhor jogadora mundial, ou do Nelsinho o Pelé?”, analisou. Esta não é a primeira vez que Puccinelli demonstra preferência pela vice-governadora Simone Tebet.

Sempre que é indagado sobre 2014 o governador coloca Simone como primeira opção, embora diga que Nelsinho é o candidato natural. Seja em uma lista de candidatos, onde Simone sempre é a primeira e Nelsinho o último, ou em um “Deus te ouça”, ao ser questionado se não seria a hora de ter uma mulher governadora, Puccinelli dá um jeito de tentar impulsionar Simone.

Neste jogo pelo comando do Estado, Puccinelli é o principal obstáculo de Nelsinho. É dele a responsabilidade de manter Simone na disputa. O PMDB poderia seguir o exemplo do PT, que tem em Delcídio o candidato declarado. Porém, Puccinelli preferiu ignorar a boa avaliação de Nelsinho e Campo Grande e deixar Simone como opção.

O governador diz que o candidato do partido será o melhor classificado em pesquisas entre Simone e Nelsinho. Ele não abriu mão desta disputa nem quando Nelsinho ameaçou deixar o PMDB. Alegando que não aceitaria pressão, Puccinelli disse a época que a “porta da rua era a serventia da casa”.

Nesta segunda-feira o governador voltou a dizer que instituirá uma comissão para conduzir o PMDB na disputa em 2014. A comissão terá como integrantes o presidente do PMDB, Junior Mochi, o senador Waldemir Moka e os pré-candidatos Simone Tebet e Nelsinho Trad.