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25/04/2017 às 10:00, Atualizado em 25/04/2017 às 00:00

PSB se posiciona contra reformas de Temer e deixa ministério à disposição

Caso o partido se coloque mesmo como oposição, o que aconteceria com a entrega do cargo, a base do governo Temer na Câmara perderá 35 integrantes.

O PSB decidiu na noite desta segunda-feira (24) se posicionar contra as reformas da Previdência, trabalhista e o principal ponto da política.

Com isso, o partido caminha para se colocar na oposição ao governo Michel Temer. O pai do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), disse que o cargo do filho está à disposição.

Caso o partido se coloque mesmo como oposição, o que aconteceria com a entrega do cargo, a base do governo Temer na Câmara perderá 35 integrantes, passando de 411 para 376. Para aprovar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) como a da reforma da Previdência são necessários ao menos 308 votos.

"Nós não estamos no governo. É prudente o Palácio do Planalto começar a contabilizar votos a menos", disse o vice-presidente de relações governamentais do PSB, Beto Albuquerque. "Ninguém que está neste governo é indicação do PSB. Quem tomou a decisão de estar lá tem que se resolver", afirmou Albuquerque.

O partido resolveu fechar questão contra as reformas defendidas por Temer como prioritárias. Ou seja, os parlamentares ficam obrigados a votar de acordo com a orientação do partido, sob pena de punição.

As punições previstas no estatuto do partido para quem descumprir as decisões em torno das quais se fechou questão variam de advertência a expulsão.

O presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, deixou a reunião dizendo que o PSB "não se vê obrigado a votar matérias que são contraditórias com sua história e com seu programa" e que o partido nunca pediu cargos.

Pai do ministro Fernando Filho, o senador Fernando Bezerra não acompanhou a reunião até o fim e afirmou que vai recorrer das decisões tomadas nesta noite. No entanto, disse que o cargo de seu filho está à disposição de Temer.

"Na medida que as bancadas não respaldam as matérias que são importantes para o governo, é importante deixar o governo à vontade para compor a sua equipe com a aqueles que possam contribuir na aprovação das matérias legislativas", disse Fernando Bezerra Coelho. (Com informações da Folha de São Paulo).

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