Publicado em 04/08/2018 às 12:32, Atualizado em 04/08/2018 às 10:35

Pros alega inconsistências, retira apoio a Odilon e se alia ao PSDB

Incertezas quanto a indicação de Keliana Fernandes para candidatura à vice levou partido a romper acordo costurado em 21 de junho e apoiar a reeleição de Reinaldo Azambuja.

Redação,
Cb image default
Divulgação

O Diretório Regional do Pros decidiu romper a aliança com o PDT, anunciada em 21 de junho, e fechou na tarde desta sexta-feira (3) o apoio ao PSDB e à reeleição do governador Reinaldo Azambuja. A decisão foi anunciada pela radialista Keliana Fernandes, que havia sido indicada para vice do juiz aposentado Odilon de Oliveira mas, diante de “inconsistências” nas hostes pedetistas, não viu segurança na manutenção do projeto.

Trata-se de uma nova crise a ser contornada no partido no atual processo eleitoral, que já registrou movimentos atípicos na sua própria direção e viu um candidato ao Senado se retirar do projeto.

O nome de Keliana surgiu como possível vice de Odilon no início da tarde de quinta-feira (2), em anúncio divulgado pelo próprio partido em seu site. Ela substituiria o empresário Herbert Assunção (PDT) como forma de garantir ao candidato pedetista presença na região sul do Estado –Keliana foi candidata a prefeita de Dourados em 2012, obtendo cerca de 32 mil votos, concorrendo na sequência à Câmara Federal em 2014, quando teve 11 mil votos, e à Câmara Municipal (pouco mais de 900) em 2016.

Menos de três horas depois do comunicado, o PDT emitiu nova nota na qual a Direção Regional do partido informava que definiria neste sábado (4) quem seria o vice –colocando Keliana e Herbert como opções, ao lado do pecuarista Chico Maia, indicado pelo Podemos para disputar o Senado e que desistiu da disputa.

“Inconsistência” – Tal instabilidade incomodou Keliana, que disse ter recebido da cúpula nacional do Pros um “ultimato” para solucionar o impasse e incluir o partido em uma chapa em condições de eleger deputados federais. Nesta sexta-feira (4), ela realizou diversas reuniões com a direção regional da legenda e com potenciais aliados, até definir pelo apoio ao PSDB.

“Fechamos há pouco diante da inconsistência na posição do PDT quanto à nossa candidatura à vice-goverandora. Não conseguimos nenhum contato com o candidato (Odilon), por nos oferecem agendas para horários que não dava mais, e houve falta de informações”, afirmou ela.

“Até hoje de manhã havia a notícia que eu era a vice. Em nenhum momento disseram que eu não seria, mas essa inconsistência de notícias no próprio site do PDT gerou insegurança”, prosseguiu Keliana, segundo quem “não dá para brincar com partido, tínhamos a palavra de que teríamos a vice. Depois da confusão não conseguimos mais falar com ninguém e ficamos inseguros”.

Segundo ela, com a aproximação do prazo final para convenções e homologação de candidaturas pelos partidos, o Pros nacional exigiu que a solução para o imbróglio fosse tomada ainda nesta sexta “para irmos a uma chapa com condições de eleger deputados federais. Assim, retiramos o Pros do grupo e entramos na ‘chapinha’ do PSDB, onde temos condições reais de competitividade”.

O Pros deve lançar quatro candidatos a deputado federal –incluindo Keliana– e três a estadual. Nacionalmente, o partido mantém conversações com o presidenciável Geraldo Alckmin e com Marina Silva (Rede).

Trata-se da segunda baixa em poucos dias no palanque de Odilon de Oliveira, embora Chico Maia, que abdicou de concorrer ao Senado, seja mantido como possível vice do candidato ao governo –ao lado do próprio Herbert Assunção. Em contrapartida, o PDT ganhou nesta sexta o apoio do PRB, com a indicação do senador Pedro Chaves para disputar a reeleição na chapa de Odilon.

Fonte - Campograndenews