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04/01/2020 às 16:06, Atualizado em 04/01/2020 às 16:08

Presidente de comissão do Senado pede reação a ataques contra indígenas em MS

Senador Fabiano Contarato (Rede-ES) quer informações do Ministério Público, Ministério da Justiça e Funai sobre que ataques em Rio Brilhante e Dourados.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), informou na sexta-feira (3) que vai pedir ao Ministério Público que investigue os recentes ataques a comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul. Os ataques se intensificaram na sexta-feira (3), segundo relatos recebidos pelo parlamentar.

Na madrugada de quarta-feira (1°), a comunidade indígena Laranjeira Nhanderu, da etnia Kaiowá, localizada no município de Rio Brilhante teve a casa de reza que está sendo construída incendiada. De acordo com os indígenas, dois pistoleiros entraram nas casas de algumas famílias, fazendo ameaças e agressões.

Na sexta-feira (3), confronto com troca de tiros deixou um segurança e pelo menos dois indígenas feridos em Dourados, no sul do estado.

“O fato é que essas agressões estão se tornado corriqueiras. Nossos indígenas estão sendo dizimados. Faço um apelo à imprensa: é preciso falar mais do que está acontecendo com os indígenas, ampliar o noticiário. Se não houver mais cobertura, não teremos como impedir violência e mortes”, alertou o senador.

A representação junto ao Ministério Público será feita imediatamente. Já as medidas no Senado estão sendo redigidas e serão apresentadas na volta dos trabalhos parlamentares, em fevereiro.

Entre as providências que o senador pretende tomar estão requerimentos com pedido de informações sobre ações tomadas pelo Ministério da Justiça, pela Fundação Nacional do Índio (Funai), pelo governo de Mato Grosso do Sul e pelas prefeituras das cidades onde os atos de violência contra indígenas foram registrados.

O senador também quer propor a criação de uma comissão externa para visitar as comunidades indígenas sob ameaça e elaborar um de documento a ser enviado ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e à Organização as Nações Unidas (ONU).

Além disso, ele pretende apresentar requerimentos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e na Comissão de Direitos Humanos (CDH) para que os ministros da Justiça, Sergio Moro, e dos Direitos Humanos, Damares Alves, sejam ouvidos no Senado.

*Com Agência Senado

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