Publicado em 05/09/2019 às 16:17, Atualizado em 05/09/2019 às 17:37

Por um voto, veto do governador é mantido

Mesmo em plenário, Marçal Filho não votou.

Redação,
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Sessão contou com a presença de 16 deputados - Luciana Nassar/AL-MS

Projeto que obriga a presença de intérprete de libras em locais públicos, como shoppings e bancos, foi vetado pelo governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), porém, a matéria foi mantida na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa e proposta foi apreciada em plenário, durante sessão desta quinta-feira (5). Por fim o veto acabou sendo mantido com placar apertado de 12 votos favoráveis a proposta e dois votos contrários. Isso porque para derrubar veto é necessário ter 13 votos. O mais inusitado da votação foi que integrante da base do governador, deputado Marçal Filho (PSDB) não se manifestou, permaneceu sentado em plenário, mas não declarou voto.

O quórum era de 16 deputados, sendo que o parlamentar que presidia a mesa diretora, Antonio Vaz (PRB), não votou e o veto do governador foi mantido por falta de um voto.

Apenas os deputados Rinaldo Modesto (PSDB) e Zé Teixeira (DEM) votaram para manter o veto. Os deputados que votaram para derrubar a negativa do governador foram: Jamilson Name (PDT), Coronel David (PSL), Renan Contar (PSL), Lídio Lopes (Patriotas), Gerson Claro (PP), Renato Câmara (MDB), Pedro Kemp (PT), Lucas de Lima (SD), Londres Machado (PSD), Herculano Borges (SD), Neno Razuck (PTB) e o autor da proposta, Evander Vendramini (PP).

No fim da votação, Vendramini reclamou de Marçal e disse que “ele foge na hora”, dando a entender que o tucano teria feito combinado com o progressista e não tinha cumprido. Marçal não quis se manifestar sobre sua postura durante a votação.

O correligionário de Marçal, Rinaldo Modesto também não expressou opinião sobre o acontecido.

Essa é a segunda vez que Marçal não segue a direção do partido. Da primeira vez foi sobre a votação em que salário dos professores foi reorganizado, Marçal votou contrário a proposta do governo. Na ocasião ele justificou que seguiu instrução do líder do partido no Legislativo, no caso, o deputado Rinaldo Modesto. Mas dessa vez Modesto seguiu o partido, porém, Marçal continuou 'independente'.

VETO

A justificativa do jurídico do governo para o veto da proposta é de que a prerrogativa para apresentar tal matéria deve ser da União e que proposta está tramitando em Brasília. Se o projeto for aprovado em nível nacional, todos os estados terão a obrigatoriedade de disponibilizar intérpretes de libras em locais públicos como shoppings e bancos.

Com informações do Correio do Estado