Publicado em 15/08/2016 às 09:23, Atualizado em 15/08/2016 às 12:27

Planalto aposta em 62 votos para afastar Dilma

Placar da pronúncia do afastamento, semana passada, atingiu 59 votos

Redação,

Segundo o colunista do Metro Jornal Cláudio Humberto, os ministros do núcleo do governo de Michel Temer contam com até 62 votos no julgamento final do impeachment de Dilma Rousseff, no Senado. O placar da pronúncia do afastamento, semana passada, já atingiu 59 votos.

Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil, que acertou os placares na Câmara e no Senado, é um dos mais otimistas ministros: espera 61 votos. Já no lado que apoia Dilma, não espera-se nem os 21 votos da pronúncia.

Único voto no PMDB considerado “irrecuperável” para governistas é o da ex-ministra ruralista Kátia Abreu (PMDB).

O senador Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM no Senado, acredita que os votos pró-impeachment chegarão a 60 no julgamento final.

Lula e os petistas estão céticos em relação à carta de Dilma, com promessas, para o caso de retomar o cargo.

Impeachment

O Senado redigiu a intimação da presidente afastada Dilma Rousseff para que ela compareça ao julgamento do processo de impeachment em 25 de agosto. Havia a possibilidade de a última etapa do julgamento ser iniciada em 23 de agosto, como queria a base aliada do presidente em exercício Michel Temer.

Na última semana, o plenário do Senado decidiu dar continuidade ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Por 59 votos a favor e 21 contra, a Casa aprovou parecer da Comissão Especial de Impeachment, tornando-a, com isso, ré no processo. A decisão abre caminho para que ela seja julgada por crime de responsabilidade.

A definição se deu após quase 16 horas de sessão, na qual 48 senadores discursaram. O número de congressistas que votaram contra Dilma foi maior que o necessário para aprovar o afastamento definitivo dela - são necessários no mínimo 54 na fase final. Não houve abstenção.