Publicado em 08/08/2025 às 14:00, Atualizado em 08/08/2025 às 12:28
Deputada disse que esbarrão não foi intencional e citou ter 1,60 de altura e estar em tratamento de câncer para negar agressão
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) acusa a deputada federal Camila Jara (PT-MS) de agredi-lo durante sessão legislativa para desobstrução do plenário, na noite de quarta-feira (6), na Câmara dos Deputados. A deputada sul-mato-grossense nega as agressões.
Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver que o deputado, que estava atrás do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), cai ao chão. Camila Jara estava ao lado e foi acusada de ter empurrado Nikolas propositalmente.
Nas redes sociais, o deputado afirmou ter sido agredido por Camila Jara. "A esquerda age assim: te agride quando ninguém está vendo”, disse Nikolas, em postagem, acrescentando que o esbarrão foi intencional.
A deputada, por sua vez, negou as acusações em nota.
Segundo ela, houve um esbarrão, mas que não foi proposital e que aconteceu durante uma confusão generalizada.
Na nota, a deputada sul-mato-grossense afirma que um grupo de parlamentares se apoderou da mesa da presidência da Casa, exigindo que o projeto de anistia fosse pautado e, mesmo com a chegada de Hugo Motta, se recusaram a ocupar seus lugares no plenário, o que gerou a confusão.
"Ao final da sessão, enquanto o presidente se levantava, a deputada federal Camila Jara se aproximava da cadeira da presidência quando acabou esbarrando no deputado federal Nikolas Ferreira, que foi ao chão", diz a nota.
"A deputada, com 1,60 metro de altura, 49 quilos e em tratamento contra um câncer, foi injustamente acusada de ter nocauteado o parlamentar com um soco", acrescenta.
Por fim, ela afirma que reagiu ao empurra-empurra "da mesma forma que qualquer mulher reagiria em um tumulto, quando um homem a pressiona contra a multidão".
"Não houve soco ou qualquer outro ato de violência deliberada, como alardeado nas redes sociais por publicações direcionadas", esclarece a deputada.
Devido ao episódio, com repercussão nas redes sociais, Camila Jara diz que passou a sofrer perseguição e acionou, nesta quinta-feira (7), a Polícia Legislativa para garantir sua segurança. A escolta policial será solicitada também em Mato Grosso do Sul durante atividades parlamentares da deputada no Estado.
O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) também se manifestou por meio de nota, dizendo que Camila Jara não ficará impune e que será denunciada por agressão.
"O PL entrará com uma representação contra Camila Jara", disse.
Ocupação
A confusão entre Nikolas e Camila ocorreu após mais de 30 horas de obstrução do plenário por parte da oposição.
Ao longo do dia, parlamentares bolsonaristas ocuparam a mesa da presidência da Câmara para pressionar pela inclusão imediata do projeto que amplia a anistia a manifestantes envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. O grupo se recusava a liberar os trabalhos até que a proposta fosse pautada. Com informações do Correio do Estado.