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14/07/2020 às 07:32, Atualizado em 13/07/2020 às 21:34

Ministério da Defesa aciona PGR após Gilmar Mendes associar Exército a genocídio

Fala ocorreu no sábado, durante live de uma revista semanal

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Foto - Fabio Rodrigues

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, informou que vai acionar a Procuradoria-Geral da República, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. A medida se dá contra uma fala de Mendes, que disse que o Exército Brasileiro estaria se associando a um genocídio provocado pelo governo Bolsonaro.

A nota foi assinada pelo ministro Fernando Azevedo e Silva, que é general da reserva do Exército, e pelos comandantes das Forças Armadas: general Edson Leal Pujol (Exército), almirante Ilques Barbosa Junior (Marinha) e brigadeiro Antonio Carlos Bermudez (Aeronáutica).

Segundo o G1, o vice-presidente da República, General Mourão, também criticou o ministro do STF, dizendo que ele ultrapassou o limite da crítica.

Ainda no fim de semana, a Defesa divulgou uma nota defendendo o trabalho dos militares na pandemia. A pasta informou que o contingente de militares mobilizado para a contenção do coronavírus é maior que o enviado pelo Brasil para a Segunda Guerra Mundial.

Nesta segunda-feira, o ministro e os comandantes das Forças divulgaram uma nova nota, na qual disseram repudiar “veementemente a acusação” feita por Gilmar Mendes. Segundo a manifestação, ataque gratuito a uma instituição de Estado não fortalece a democracia.

A fala de Gilmar Mendes ocorreu no sábado, 11, durante uma live de uma revista semanal.

"Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. Não é aceitável que se tenha esse vazio. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se fazer alguma coisa. Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso", disse Gilmar Mendes.

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