Publicado em 19/02/2018 às 16:10, Atualizado em 19/02/2018 às 17:12

Mesmo com chuva, trabalhadores protestam contra reforma da Previdência na Capital

Cerca de 100 pessoas realizaram protesto em frente ao prédio do INSS em Campo Grande.

Redação,
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Foto: Airton Raes

Cerca de 100 pessoas realizaram protesto em frente ao prédio do INSS, em Campo Grande, contra a reforma da Previdência nesta segunda-feira (19). Para as lideranças sindicais, a intervenção militar no Rio de Janeiro foi a saída que o Governo Federal encontrou para disfarçar a falta de votos pra aprovação da reforma.

O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) acredita que faltam mais de 40 votos para passar a reforma na Câmara de Deputados. “Se fosse só 40 votos, eles já teriam colocado em votação e, no dia, iriam em busca dos votos que precisam. Cada dia que passa eles perdem apoio de parlamentares sobre a reforma”, disse.

Dagoberto explicou que a falta de definição do Governo Federal em relação ao texto final e as alterações constantes na redação do projeto têm mostrado a fragilidade e a falta de apoio na aprovação a reforma.

O presidente da CUT/MS (Central Única dos Trabalhadores), Genilson Duarte, destacou que as ações fazem parte do dia Nacional de Luta Contra a Reforma da Previdência, com atos coordenados no Brasil todo. Para Genilson, a intervenção militar no Rio de Janeiro é uma manobra de Michel Temer para ganhar tempo sobre a reforma da previdência.

Mesmo debaixo de chuva, o ato reuniu diversas pessoas protestando contra a reforma da previdência. Genilson explicou que a escolha do local da manifestação tem relação com o valor simbólico do prédio do INSS.

A coordenadora geral do Sista-MS (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino do Estado de Mato Grosso do Sul), Cleodete Candida Gomes, diz que a reforma da previdência prejudica os servidores públicos e os trabalhadores da iniciativa privada. Ela destacou também que os servidores do Poder Executivo não possuem privilégios. “Diferente do Poder Judiciário e do Legislativo, os servidores do Executivo têm o salário defasado. Na UFMS não temos reajuste há três anos”, completou.

Também foi realizado protesto pela Liga Camponesa na Praça do Rádio e panfletagem no antigo prédio da Telems. Os servidores da Eletrosul fizeram paralização em protesto. Em Dourados também foi realizado em ato público.