Em entrevista concedida na sexta-feira (3) ao jornalista Kennedy Alencar, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, pela primeira vez, que pretende pedir progressão de regime da pena que cumpre por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá. Ele quer passar do regime fechado para o semiaberto.
Em setembro, Lula completa um sexto da pena. No mês passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu a pena de 12 anos e 1 mês de prisão, estabelecida em 2ª instância, para 8 anos e 10 eses.
Na entrevista, Lula ressalva que pedirá a progressão, mas que continuará lutando na Justiça para provar sua inocência.
A condenação no caso do triplex
Em 12 de julho de 2017, Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão no caso do tríplex do Guarujá. A sentença, em primeira instância, foi dada pelo então juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, que condenou o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Em janeiro de 2018, a condenação foi confirmada pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), tribunal de segunda instância, que aumentou a pena para 12 anos e 1 mês de prisão.
No entendimento de Moro e dos três desembargadores da Turma, Lula recebeu da OAS o apartamento triplex em troca de contratos fechados pela empreiteira com a Petrobras.
Depois disso, em abril do ano passado, o ex-presidente foi preso em São Paulo e levado à sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre pena desde então.
No último dia 24 de abril, na terceira instância, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a condenação de Lula mas reduzir a pena para 8 anos, 10 meses e 20 de reclusão.
Fonte - G 1
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