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20/08/2019 às 07:30, Atualizado em 19/08/2019 às 19:11

Londres Machado recebe Comenda de Mérito Legislativo aos ex-governadores

Como governador, Londres assinou o plano salarial do Magistério e conduziu o Mato Grosso do Sul em momento de crise política.

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Deputado Londres Machado.Foto: Giuliano Lopes

Nos dois momentos de crise política – em 1979 e 1980 - que o recém-criado Estado de Mato Grosso do Sul viveu com exonerações de governadores, o deputado Londres Machado foi responsável em comandar a administração até que os novos nomes fossem aprovados pelo Senado e, posteriormente, nomeados pelo presidente da República. “Eu sabia das minhas limitações constitucionais. E o que eu fiz? Fiz o Estado funcionar: coloquei a folha em dia, paguei fornecedor. O momento era de agir com sabedoria, não fiz nenhuma loucura. Entreguei o Estado tanto para o Marcelo Miranda, quando ele chegou, como para o Pedro Pedrossian, quando ele também chegou, funcionando perfeitamente”, afirmou. Foi ele quem também quem assinou o plano salarial do Magistério e fixado o salário base dos professores. Na realidade, o nome do parlamentar de 44 anos de mandatos – sete vezes como presidente do Poder Legislativo estadual - se confunde com a história sul-mato-grossense.

Esse reconhecimento pela sua contribuição à história ocorreu noite de terça-feira (14), quando o parlamentar, pela proposição do deputado Lídio Lopes, foi um dos homenageados pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul em sessão solene que concedeu a Comenda do Mérito Legislativo aos ex-governadores. Londres Machado assumiu a primeira vez o cargo de governador no dia 13 de junho de 1979. No dia anterior, o então governador Harry Amorim Costa, que havia assumido em 1º de janeiro, havia sido exonerado. “No dia 12 tivemos a notícia que o governador Harry tinha sido exonerado. No dia 13 nós promulgamos a Constituição: de manhã e eu fui eleito presidente e, à tarde, eu já era governador”, contou ele. Na época, enquanto era aguardada a aprovação do nome de Marcelo Miranda, o Ministério da Justiça comunicou a Londres que quem deveria assumir o Governo era quem comandava a Assembleia Legislativa, no caso, ele. Em 1980, com a também exoneração de Marcelo Miranda, Londres voltou a ocupar a cadeira. “Fui um governador constitucional. Fui chamado para assumir o Governo por ser o presidente da Casa de Leis. Assinei diversos atos, inclusive em prol do ensino naquela época e dos profissionais da Educação”.

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Foto: Giuliano Lopes

Ao fazer uma análise das gestões dos ex-governadores, Londres Machado afirmou que cada um deles tem seu estilo de administrar, mas foi categórico: ‘’Posso dizer que o Estado de Mato Grosso do Sul teve muita sorte com os governadores. “Claro que tivemos alguns problemas na hora de nomeação”, disse ele, afirmando que se fosse eleição direta – como é hoje – o caso tinha sido resolvido e o Estado ganharia muito mais.

Na questão de relacionamento da Assembleia Legislativa, a qual comandou por sete ocasiões, a parlamentar afirmou que pela própria Constituição ‘’os poderes têm de ser independentes, porém harmônicos e, hoje, eu acho que deve ter mais do que isso’’. Segundo o parlamentar, as dificuldades como no Estado e em nível nacional são muitas. “Então, além de se conviver harmonicamente, temos de dividir responsabilidades também com o governador para que a gente possa achar caminhos para beneficiar o povo e o nosso Estado caminhar tranquilamente”, afirmou. Londres destacou ainda que para o avanço do desenvolvimento e modernização toda a representatividade do poder público se ‘’sente na mesma mesa’’ e discuta soluções.

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Foto - Giuliano Lopes

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