Publicado em 20/05/2025 às 15:01, Atualizado em 20/05/2025 às 15:58

Justiça dá 20 dias para governo e Janja se manifestarem sobre gastos com viagens internacionais

O caso segue sob análise da Justiça Federal

Redação,
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Divulgação

A Justiça Federal determinou prazo de 20 dias para que o governo federal e a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, apresentem explicações sobre os gastos com viagens internacionais feitas por ela ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão foi proferida pelo juiz Leonardo Tavares Saraiva, da 9ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal, no último domingo (18).

A medida foi tomada após o vereador de Curitiba, Guilherme Kuhl (Novo-PR) e o advogado Jeffrey Chiquini ingressarem com uma ação civil pública pedindo a suspensão imediata de pagamentos e reembolsos relacionados a passagens aéreas, diárias de hotel e outras despesas arcadas pelo poder público nas viagens da primeira-dama ao exterior.

Apesar de aceitar o trâmite da ação, o magistrado indeferiu o pedido de urgência para suspender os repasses, alegando ausência de elementos que justificassem a adoção de uma medida tão imediata. No entanto, solicitou que tanto a União quanto Janja apresentem suas manifestações formais sobre os gastos. O Ministério Público também foi intimado a acompanhar o caso.

A participação da primeira-dama em viagens internacionais tem sido alvo constante de críticas da oposição ao governo. O tema ganhou destaque nas últimas semanas, após o retorno de Janja de uma comitiva oficial que passou pela Rússia e pela China. Parlamentares contrários ao governo apresentaram uma série de requerimentos cobrando transparência nos gastos e detalhes sobre a atuação da esposa do presidente durante essas agendas.

Diante da crescente repercussão, a Advocacia-Geral da União (AGU) publicou em abril uma portaria estabelecendo diretrizes sobre a atuação da primeira-dama em eventos e compromissos de interesse público, em uma tentativa de institucionalizar e justificar sua presença em agendas oficiais.

Até o momento, nem o Palácio do Planalto nem a primeira-dama se manifestaram oficialmente sobre a decisão judicial. O caso segue sob análise da Justiça Federal, e os desdobramentos poderão impactar futuras participações da primeira-dama em compromissos internacionais do presidente Lula.

Com informações do SBT News