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12/03/2019 às 10:00, Atualizado em 11/03/2019 às 21:55

Governo deixa 33 mil fora de jornada de 8 horas diárias, que começa em abril

Expectativa foi apresentada pelo titular da SAD, que também apontou categorias que ficarão fora da mudança na jornada de trabalho diária.

O governo do Estado pretende que os cerca de 16 mil servidores que seriam impactados com o retorno à jornada de trabalho para oito horas diárias tenham o atual expediente ampliado a partir de 15 de abril.

A afirmação foi publicada no site campograndenews ontem a tarde após entrevista concedida pelo secretário de Estado de Administração e Desburocratização, Roberto Hashioka.

O titular da SAD também informou que outros 33.318 servidores efetivos não serão atingidos pela mudança na jornada, por terem sido admitidos em concursos públicos que preveem carga de trabalho diferenciada.

A expectativa de retomar o regime de oito horas diárias a partir de 15 de abril vai contra o desejo de representantes das categorias atingidas, que revelaram ao Campo Grande News torcer para que o governo desse mais tempo para o funcionalismo se preparar para a mudança –diante de alterações necessárias em suas rotinas.

Hashioka admitiu analisar as demandas dos servidores, mas que “a princípio” o governo pretende adotar a jornada de oito horas ao dia a partir de 15 de abril.

O secretário reiterou que a ação é resultado tanto da demanda de serviço acumulado como da impossibilidade de o governo realizar novas contratações –uma vez que superou em 2018 o limite prudencial da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), de 57% da receita corrente líquida (resultado da arrecadação menos as obrigações constitucionais, como repasses aos municípios) destinados a cobrir a folha do funcionalismo.

O Estado gastou no ano passado 57,98% da receita líquida com salários de servidores e, caso não enxugue gastos, fica impedido de efetuar novas contratações.

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