Publicado em 04/08/2020 às 09:30, Atualizado em 03/08/2020 às 22:07

Governo Bolsonaro diz que seguranças do presidente não têm de proteger jornalistas

A ação pede que o governo seja obrigado a adotar medidas que garantam a segurança dos profissionais da imprensa.

Redação,
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Presidente Jair Bolsonaro foi acusado de hostilizar profissionais de imprensa e incentivar apoiadores a fazerem o mesmo (Foto: André Borges/NurPhoto via Getty Images)

O governo Bolsonaro declarou à Justiça que os seguranças presidenciais não têm de proteger jornalistas. A declaração foi feita por causa de um processo, aberto depois de jornalistas serem hostilizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante a cobertura em frente ao Palácio da Alvorada. As informações são do portal UOL.

A ação pede que o governo seja obrigado a adotar medidas que garantam a segurança dos profissionais da imprensa. A iniciativa é do Instituto Vladimir Herzog, do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, da Federação Nacional dos Jornalistas e da organização Repórteres Sem Fronteiras.

Por causa da situação, jornais, canais de TV e portais deixaram de enviar repórteres para o Palácio da Alvorada.

As entidades pedem que a guarda presidencial identifique os agressores e tome medidas para que a pessoa seja encaminhada para a polícia militar.

A resposta do governo foi que não a segurança presidencial não tem como papel interferir nesses casos e que o objetivo desses profissionais é, especificamente, proteger o presidente da República. Para o Planalto, a responsabilidade deveria ser da Polícia Militar do Distrito Federal.

Na ação, os grupos pedem que Jair Bolsonaro pague uma indenização de R$ 300 mil, pois entendem que ele hostiliza a imprensa e, por isso, incentiva outros a fazerem o mesmo. Sobre o assunto, o governo federal diz que as críticas do presidente não estão além do limita da liberdade de expressão.