Publicado em 07/10/2017 às 12:37, Atualizado em 07/10/2017 às 10:45

Governador volta a cobrar Temer por segurança na fronteira

Segundo o chefe do Executivo sul-mato-grossense, o Estado tem 1.400 quilômetros de fronteira seca com Bolívia e Paraguai.

Redação,
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Foto: Bruno Corsino

O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse na coletiva de imprensa com governadores que integram o Consórcio Brasil Central (CBC) que o governo federal abandonou as fronteiras do país.

“Em qualquer país do mundo quem faz segurança de fronteira são as forças federais. Mas temos total ausência da Polícia Federal, não tem Polícia Rodoviária Federal, e para os estados é empurrado, além da segurança das cidades, a segurança das fronteiras”, disse Azambuja, que em outras ações já cobrou o presidente Michel Temer (PMDB) sobre o fato.

Segundo o chefe do Executivo sul-mato-grossense, o Estado tem 1.400 quilômetros de fronteira seca com Bolívia e Paraguai.

No ano passado, contou, mais de 260 toneladas de maconha e cocaína foram apreendidas pelas forças policiais do Departamento de Operações da Fronteira (DOF), uma unidade especializada estadual, criada pelo governo para fazer o patrulhamento.

“Se for criada uma zona de proteção nas fronteiras, principalmente com Bolívia e Paraguai, diminui bastante o ingresso de armas e drogas no país, que chega aos grandes centros, à Rocinha. O problema é que o governo federal não tem essa estrutura, remete aos estados que fazem hoje o policiamento das fronteiras, mas precisamos da ostensividade”, reclamou.

O governador Reinaldo Azambuja anunciou a realização de uma reunião, no dia 27 de outubro, em Rio Branco (AC) para tratar do problema.

Segundo ele, estão confirmadas a presença do presidente da República Michel Temer; procuradora-geral da República Raquel Dodge; a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmem Lúcia; o presidente o Senado, Eunício Oliveira e governadores de estados que tem divisa com outros países.

“Queremos uma solução, uma efetiva integração de inteligência de fronteira, senão a gente vai perdendo esta guerra”, declarou.