Publicado em 09/03/2018 às 16:03, Atualizado em 09/03/2018 às 15:23

Giroto agride jornalista e chama imprensa de 'babaca' ao se entregar à PF

Ex-deputado é acusado de integrar quadrilha que fraudava licitações e superfaturava obras estaduais.

Redação,
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Divulgação

Ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, preso duas vezes de 2016 para cá, por envolvimento com quadrilha que fraudava licitações e superfaturava obras como pavimentação de rodovias em Mato Grosso do Sul, agrediu uma jornalista na manhã desta sexta-feira (9), em frente à sede da Polícia Federal, em Campo Grande.

Giroto seria preso por policiais federais por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), no entanto, por meio de acordo, ele se entregou.

Assim que desceu do carro, Giroto caminhou em direção da repórter Mariana Rodrigues, do Midiamax, e pressionou com a mão o equipamento da profissional, que foi ferida no rosto (ver imagens).

Daí, Giroto seguiu para a recepção da PF e logo seguiu para outra sala, onde presta depoimento. Antes de atravessar a catraca de entrada, o ex-deputado fez pose de valente em frente aos profissionais de imprensa.

“Seus babacas”, xingou Giroto, que na eleição de 2012 disputou e perdeu a eleição para a prefeitura de Campo Grande. A repórter registrou o caso na sede da própria PF.

Além de Giroto se entregaram na sede da PF, o empreiteiro João Amorim, o ex-deputado estadual Beto Mariano e ainda o engenheiro civil Flávio Henrique Garcia Scrocchio, que trabalhava para Proteco Engenharia, construtora de Amorim.

Estes implicados no esquema de superfaturamento de obras e fraude em licitações ficaram detidos graças a derrubada de uma liminar que os puseram em liberdade, em maio de 2016.

Benedicto Figueiredo, advogado de Amorim, foi quem disse que, por dois dias, a defesa dos envolvidos negociou a rendição com PF, meio de evitar as prisões que seriam efetuadas em casa.

Giroto e os parceiros Amorim, Beto Mariano e Flávio, são investigados desde 2012 pela PF, que pôs em prática a operação Lama Asfáltica, em julho de 2015.

Além dos réus que se entregaram nesta manhã, a PF informou que quatro pessoas, mulheres ligadas aos detidos, vão cumprir prisão domiciliar. São elas: Raquel Giroto, mulher do ex-deputado; Ana Paula, filha do empreiteiro; Elza Cristina Santos, sócia de Amorim. A PF ainda não divulgou o nome da quarta detida.

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