Publicado em 30/08/2019 às 12:00, Atualizado em 29/08/2019 às 21:30

Entre vaias e aplausos, secretário de Saúde Geraldo Resende participa de discussão sobre Hospital Regional

Mais de 200 servidores acompanharam a sessão.

Redação,
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Foto - Reprodução Correio do Estado

Com plenário da Assembleia Legislativa cheia de funcionários do Hospital Regional, em Campo Grande, audiência pública para discussão dos problemas e soluções para a unidade, na tarde desta quinta-feira (29), foi marcado por vaias, aplausos e faixas pedindo voz para a vontade dos servidores.

Ao início da audiência, proposta pelo deputado Antônio Vaz (PRB), o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, foi vaiado pelos funcionários do hospital, que estampavam a faixa pedindo respeito ao secretário. O contrário aconteceu com o diretor-presidente da unidade hospitalar, Márcio de Souza Pereira, que foi recebido com aplausos.

Durante a audiência, o gestor explicou a situação do hospital e dos problemas apontados pelos técnicos do Hospital Sírio Libanês. No relatório, segundo Pereira, a unidade para os avaliadores tem uma cultura organizacional fraca, infraestrutura deficiente, falta de missão e visão coesas, choques sistêmicos e relações externas disfuncionais.

"Diante de todo esse problema, é por isso que o hospital não vai para frente. O funcionário também tem sua parcela de culpa; todo mundo tem sua parcela de culpa e é por isso que o hospital não vai para frente", disse o gestor, que assumiu a presidência com 17 anos trabalhando na unidade.

O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, respondeu às vaias que o público ecoou no plenário durante seu discurso. "Quem não tem argumento, usa a vaia", disse ele, que garantiu que uma nova gestão para o HR deve ser iniciada.

Momentos antes, Resende havia recebido do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul (Sintss/MS) um jaleco em referência ao HR para que o secretário "vestisse a camisa (no caso, o jaleco) do hospital". A lembrança foi aceita de bom grado por Resende, que vestiu o jaleco e ficou até o final da sessão. "Um belo presente, visto com orgulho, porque representa a maioria dos servidores que também querem um hospital melhor", destacou.

Com informações do Correio do Estado