Nos últimos quatro anos, cresceu 23,6% o número de eleitores que completaram ou passaram dos 70 anos de idade em Mato Grosso do Sul, índice que chega a 25,9% quando considerados somente os residentes em Campo Grande. Hoje, eles formam um contingente de 111.693 eleitores no Estado, o equivalente a 6,2% do eleitorado sul-mato-grossense, quase a mesma proporção (6%) observada na Capital, onde há 33.847 cidadãos prontos para comparecer às urnas, mesmo liberados do voto obrigatório pela legislação eleitoral.
Embora proporcionalmente esses eleitores aparentem ter pouco peso na escolha dos próximos dirigentes de prefeituras e membros de câmaras municipais, sua contribuição para o processo eleitoral não deve ser ignorada, alerta Neimar Machado de Sousa, professor de Ciências Políticas da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).
Quantitativamente é pouco, mas do ponto de vista qualitativo, a importância do eleitor com mais de 70 anos é grande, pelo poder de influência que ele exerce sobre a família, afirmou. Depois de 12 anos votando voluntariamente, o cearense Francisco Bezerra, de 82 anos (63 deles radicados em Mato Grosso do Sul), prepara-se para sair de cena do processo eleitoral neste ano.
Sempre compareci em todas as eleições, nunca justifiquei. O meu primeiro voto, dei para o Getúlio Vargas, em 1950, quando ainda morava em São Paulo. Mas já passei da idade de votar, comentou.
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