Publicado em 07/10/2021 às 06:30, Atualizado em 06/10/2021 às 17:53

DEM e PSL aprovam fusão; novo partido se chamará União Brasil

Criação do novo partido ainda precisa ser aprovada pelo TSE. União Brasil deve ser uma das maiores legendas do país mas fusão também deve gerar saída de filiados.

Redação,
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Convenção conjunta entre DEM e PSL, em Brasília, após aprovação da fusão entre os dois partidos — Foto: Wellington Hanna/TV Globo

O DEM e o PSL aprovaram, em convenções realizadas nesta quarta-feira (6) em Brasília, a fusão da entre as duas legendas. O novo partido se chamará União Brasil e o número será o 44.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda precisa aprovar a nova sigla. A cúpula do DEM crê que o processo de fusão leve três meses para ser analisado pelos ministros.

A expectativa, segundo o presidente nacional do DEM, ACM Neto, é de que a fusão leve á formação da maior legenda do país. Entretanto, o processo deve levar à saída de vários filiados dos dois partidos, inclusive congressistas.

Ministro do Trabalho e da Previdência do governo Bolsonaro e filiado ao DEM, Onyx Lorenzoni, votou contrário à união dos partidos e pediu para que a posição dele constasse na ata da convenção.

Mesmo com baixas nos dois partidos, o União Brasil deve contar com a maior bancada na Câmara dos Deputados. Atualmente:

DEM

28 deputados

seis senadores, incluindo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

PSL

54 deputado

dois senadores

Se considerados os números atuais dos dois partidos, a fusão deixaria o União Brasil com um total de 82 deputados. A segunda maior bancada é a do PT, com 53 deputados.

No Senado, o União Brasil contaria com oito parlamentares e seria a quarta maior bancada, atrás de MDB (maior bancada, com 15 senadores), PSD, Podemos.

Novo partido União Brasil governará 4 estados. Os governos de RO e TO são do PSL; DEM governa GO e MT.

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro foi filiado ao PSL e estava no partido quando foi eleito, em 2018. Ele deixou a legenda em novembro de 2019 após uma série de desentendimentos com o presidente do PSL, Luciano Bivar.

A saída de Bolsonaro desencadeou uma crise no partido, dividindo as alas ligadas a ele e a Bivar.