Publicado em 10/06/2018 às 17:00, Atualizado em 10/06/2018 às 17:50

Datafolha: PT comemora, Bolsonaro critica, e Alckmin espera crescer com TV

Preso há dois meses, o petista tem 30% das intenções de voto no primeiro turno.

Redação,
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Divulgação

Enquanto o PT comemorou a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (10), o candidato Jair Bolsonaro (PSL-RJ) criticou o instituto.

Preso há dois meses, o petista tem 30% das intenções de voto no primeiro turno, de acordo com o levantamento realizado em 6 e 7 de junho. Bolsonaro lidera nos cenários em que Lula está ausente, com 19% das preferências.

A ex-senadora Marina Silva (Rede) aparece na sequência, com até 15% das intenções de voto. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que oscila entre 10 e 11%, e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tem 7%, estão tecnicamente empatados.

"O Brasil já sabe que vai ser feliz de novo. Lula, além de ser líder isolado, vence em todos os cenários", diz a publicação da conta oficial do PT no Twitter.

Já o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) publicou um vídeo na rede social em que critica o Datafolha. O candidato classifica a pesquisa de "vexame" e diz que outro instituto o aponta como líder nas pesquisas.

Bolsonaro criticou também as simulações do Datafolha para um eventual segundo turno. O candidato aparece tecnicamente empatado com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), mas perderia a disputa contra Marina Silva (Rede).

Em nota, o diretor do Datafolha, Mauro Paulino, disse que "pesquisas presenciais, como as do Datafolha, cujas entrevistas são realizadas por profissionais que abordam pessoalmente os entrevistados, não são comparáveis com outras feitas por robôs telefônicos. É claro que candidatos irão defender aquelas que os beneficiam. O Datafolha mantém o mesmo padrão de qualidade em seus levantamentos desde sua fundação, em 1983".

Para a campanha de Geraldo Alckmin, o Datafolha "traz boas notícias" ao apontar o tucano como líder entre o que chama de candidatos de centro, com uma boa margem de crescimento e uma redução no índice de rejeição. "Temos certeza que vamos para o segundo turno", afirmou Luiz Felipe D'Ávila, coordenador do plano de Governo do PSDB.

O partido aposta no início do horário eleitoral, previsto para 31 agosto, para alavancar a popularidade de Alckmin, que, com 7%, tem o índice mais baixo do PSDB em quase 30 anos. "Com a pulverização no número de candidaturas, não há como comparar essa disputa com as passadas", disse D'Ávila.

Os demais candidatos ainda não se manifestaram sobre o assunto.

Com informações do UOL