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07/09/2017 às 13:05, Atualizado em 07/09/2017 às 15:23

Com vaias e protesto, professores em greve fecham desfile da Independência

Além dos políticos envolvidos em corrupção, o protesto teve como alvo a prefeita Délia Razuk (PR).

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Professores engrossam “Grito dos Excluídos” para protestar contra prefeitura (Foto: Adilson Domingos)

Alunos de centros de educação infantil acompanhados dos pais, um bom público, mesmo com forte calor, e protestos com direito a vaias, bandeiras, cartazes e faixas, marcaram nesta quinta-feira (7) o desfile em comemoração aos 195 anos de independência do Brasil em Dourados.

Apesar do número reduzido de escolas participantes – foram apenas 12 das 45 municipais e duas das 22 estaduais – o desfile teve a participação de 50 entidades particulares e instituições públicas, como Exército, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Guarda Mirim e Projeto Florestinha.

Mais uma vez o desfile foi fechado pelo “Grito dos Excluídos”, reunindo principalmente sindicalistas, servidores públicos e movimentos sociais. Até uma mala cheia de dinheiro foi levada para a avenida, satirizando a fortuna encontrada nesta semana em um apartamento em Salvador (BA), possivelmente pertencente ao ex-ministro do governo Temer, Geddel Vieira Lima.

Além dos políticos envolvidos em corrupção, o protesto teve como alvo a prefeita Délia Razuk (PR), que chegou a ser vaiada por professores e servidores administrativos da educação, em greve há duas semanas por reajuste salarial. A vaia ocorreu quando ela passava perto dos manifestantes, antes de começar o desfile, em um carro do Exército.

Quando os manifestantes se aproximavam do palco montado em frente ao calçadão da Praça Antônio João, a prefeita deixou o local e o palanque ficou vazio. Algumas pessoas presentes chegaram a bater boca com os manifestantes.

Manifestantes carregando faixas e cartazes cobrando o reajuste de 7,64% do piso nacional do magistério, contra a retirada de direitos, pedindo eleições diretas e contra a corrupção ocuparam a principal avenida da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. Moradores e professores das aldeias de Dourados também fizeram parte do protesto.

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