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20/07/2017 às 16:29, Atualizado em 20/07/2017 às 14:46

Com dinheiro bloqueado até 2018, PT em MS segue sem pagar funcionários

De nove empregados, atual presidente demitiu oito.

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Foto: reprodução correio do estado

A Justiça eleitoral determinou o bloqueio do repasse do fundo partidário petista por um ano, até abril de 2018, devido a erros na prestação de contas da campanha de Zeca do PT ao governo do Estado em 2010. A parcela do Fundo Partidário é de R$ 70 mil.

Como o partido assumiu as dívidas da campanha de Zeca, agora o atual presidente da sigla, o próprio José Orcírio Miranda dos Santos, terá de obter recursos para cobri-las. Soma-se a isso a demissão em massa no diretório e a falta de pagamento de direitos trabalhistas, que agora já soma cinco dias vencidos e sem previsão de quitação.

"O pior que teremos de cobrir as dívidas de campanha do Delcídio também", afirmou o deputado estadual José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, à Folhapress.

Ele foi eleito presidente do PT para o diretório estadual em junho. Em crise, o partido no Estado demitiu oito dos nove funcionários e também não pagou a folha de pagamento, de cerca de R$ 30 mil mensais. Zeca disse ainda que herdou dívida superior a R$ 600 mil com folha de pagamentos, incluídos salários e encargos.

Os recursos do partido atualmente são a partir da contribuição de quatro deputados federais, que totaliza R$ 12 mil por mês e não é suficiente para cobrir os custos.

Os servidores demitidos acusam Zeca do PT de perseguição política, má vontade e falta de respeito. “Hoje (14 de julho) era o dia em que eles deviam nos pagar. Assinamos o curso indenizatório no dia 3, para recebermos hoje o que nos é de direito, mas, além de não nos pagarem, ninguém nos convidou para dar alguma satisfação”, disse Marquinhos Nogueira, ex-assistente financeiro do partido, em entrevista concedida no dia 15 de julho., que atuou anteriormente como assessor do Zeca do PT.

"Não pagamos porque não temos dinheiro. Estamos renegociando", disse ele, acrescentando que desde 2015 o PT não pagava as contribuições ao INSS.

Em nota, os funcionários demitidos emitiram nota. "O ex-governador, o Zeca do PT, parece estar em outro mundo bem diferente do que vive a presidente nacional do Partido, a senadora Gleisi Hoffmann. Enquanto ela ocupou a Mesa Diretora do Senado na tentativa de evitar a aprovação da Reforma Trabalhista, cena que marcou o auge da luta das mulheres guerreiras naquela Casa em favor dos trabalhadores contra o sepultamento da CLT, ele faz demissão em massa e, pior, dá o calote nos direitos trabalhistas dos funcionários", informou documento enviado à Folhapress.

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