Publicado em 30/10/2025 às 13:00, Atualizado em 30/10/2025 às 12:52
No total, o IFMS conquistou 39 premiações no evento, promovido pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), e considerado a principal feira voltado ao ensino médio no Estado.
Com a maior delegação entre as instituições participantes, o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) brilhou na 15ª Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul (Fetec-MS), realizada entre os dias 19 e 22 de outubro, em Campo Grande. O Instituto levou 84 projetos finalistas, envolvendo 186 estudantes de seus dez campi, sendo este o recorde na participação do IFMS no evento.
No total, o IFMS conquistou 39 premiações no evento, promovido pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), e considerado a principal feira voltado ao ensino médio no Estado.
Foram sete vencedores na categoria principal, nove na Fetec Pictec, destinada a projetos desenvolvidos com recursos da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect) e mais de 20 credenciamentos e menções, que garantem acesso a outros eventos, visitas técnicas, expedições e imersões acadêmicas.
"Os resultados das pesquisas desenvolvidas por nossos professores e estudantes mostram a evolução e maturidade acadêmica no âmbito do IFMS, fruto de investimentos na pesquisa básica e aplicada, na inovação e empreendedorismo. Temos trabalhado para concretização da cultura científica e tecnológica em nossos campi", destacou o pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação do IFMS, Edvanio Chagas.
Projeto em destaque - Entre os destaques do IFMS, o projeto “Afrocientista: Por uma Escola Antirracista”, do Campus Dourados, conquistou o 1º lugar na categoria Humanas da Fetec-MS. A iniciativa é coordenada pelo professor João Batista Alves de Souza, com coorientação de Nilton Paulo Ponciano, e conta com a participação dos estudantes Lucas Gomes dos Santos e Thiago de Souza da Silva.
Lucas, de 18 anos, estudante do 6º semestre do curso Técnico Integrado em Informática para Internet, destacou o impacto do projeto em sua formação.
"Participar desta pesquisa ampliou minha compreensão sobre a profundidade e a gravidade do racismo estrutural. Aprendi a desenvolver um projeto de pesquisa, elaborar metodologias, analisar dados e produzir textos científicos. Hoje me sinto mais preparado, com uma bagagem cultural e científica muito mais ampla", afirmou.
O estudante ainda comentou sobre a relevância social do trabalho. "Este trabalho contribui para desmistificar os estereótipos construídos em torno da cultura afro-brasileira. Abordar essa temática fortalece o combate ao racismo estrutural, promovendo uma sociedade mais justa e igualitária", completou.
O professor João Batista, coordenador do projeto, reforçou os objetivos da iniciativa para a articulação de uma educação antirracista no IFMS e para a valorização da identidade, da história e da cultura africana e afrobrasileira, conforme preconiza a Lei 10.639/2003.
O projeto também já busca multiplicar sua experiência para além do IFMS. "Multiplicar a ideia do projeto em outras escolas. Já foi iniciado esse processo com apresentação do projeto na rede estadual de ensino", disse.
Além da premiação, o projeto do Campus Dourados obteve credenciamento para os estudantes envolvidos o apresentarem na Fenadante (Feira de Ciência e Tecnologia das Nações - Colégio Dante Alighieri), que será realizada em setembro de 2026, em São Paulo, SP.
Primeiros colocados - Além do destaque em Humanas, outros projetos do IFMS conquistaram o 1º lugar em suas áreas. Na categoria Ciências Exatas e da Terra, o projeto “Natural Clitoria ternatea para análise de pH no ensino de química”, do Campus Campo Grande.
Em Engenharia, o projeto “Fabricação de espumas cerâmicas a partir de resíduos sólidos urbanos e industriais na região de Corumbá-MS”, do Campus Corumbá, foi destaque e também foi contemplado com a 'Imersão Técnica'.
Na categoria Ciências Humanas, o projeto “Xúnati Sêno Têrenoe – História de vida de Mulheres Terena”, do Campus Aquidauana, conquistou também o 1º lugar.
Este último obteve também credenciamento para a Femic (Feira Mineira de Iniciação Científica), evento de divulgação científica com sede em Belo Horizonte, organizada pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).
