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07/12/2020 às 12:00, Atualizado em 06/12/2020 às 23:30

Bolsonaro diz que 'não tem cabimento' deixar aulas presenciais só para 2022

As aulas presenciais estão suspensas desde março deste ano devido à pandemia do novo coronavírus.

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Foto - O Globo

No dia em que o Ministério da Educação (MEC) publicou uma portaria determinando o retorno das aulas presenciais a partir de 4 de janeiro em universidades e institutos federais e faculdades particulares, o presidente Jair Bolsonaro reclamou na noite desta quarta-feira da resistência de reitores à medida e disse que a proposta de retomar as atividades só em 2022 "não tem cabimento". Após repercussão negativa, uma fonte do MEC afirmou ao GLOBO que o ato seria revogado, o que não ocorreu até o momento.

— Estamos tentando a volta às aulas. Terminei [há pouco] uma conversa com o ministro da Educação [Milton Ribeiro], nós queremos voltar aula presencial em todos os níveis. Mas os reitores chegaram nele e [disseram] "não, queremos só começar em 2022", tá? Aí, no meu entender, não tem cabimento, até porque esse vírus aqui fica grave de acordo com a idade da pessoa e comorbidades — declarou Bolsonaro, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada.

As aulas presenciais estão suspensas desde março deste ano devido à pandemia do novo coronavírus.

A portaria pegou de surpresa as instituições federais. O ministério foi criticado por não ter discutido a medida antes com as instituições de ensino e por tê-la tomado exatamente quando o país vive um nova alta de casos e internações, com aumento preocupante da ocupação de leitos na rede de saúde.

O ministro da Educação declarou nesta quarta à CNN Brasil que não esperava tanta resistência. "Quero abrir uma consulta pública para ouvir o mundo acadêmico. As escolas não estavam preparadas, faltava planejamento", afirmou. Ele disse ainda que o governo vai liberar o retorno somente quando as instituições estiverem confiantes.

Com informações do O Globo

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