Publicado em 16/05/2019 às 06:31, Atualizado em 15/05/2019 às 22:05

Bolsonaro diz que manifestantes contra cortes na educação são idiotas úteis e massa de manobra

Indagado sobre os protestos que aconteceram nas capitais e grandes cidades do Brasil, o presidente disse que os alunos que estiveram nas ruas “não sabem nem a fórmula da água” .

Redação,
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Divulgação

Ao chegar aos Estados Unidos nesta quarta-feira (15) Jair Bolsonaro afirmou que as manifestações que ocorreram no país em defesa de recursos para a educação foram feitas por “idiotas úteis”, classificados pelo presidente como “militantes” e “massa de manobra”.

Indagado sobre os protestos que aconteceram nas capitais e grandes cidades do Brasil, o presidente disse que os alunos que estiveram nas ruas “não sabem nem a fórmula da água” e servem de instrumento político para “uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais”.

“É natural [que haja protesto], agora a maioria ali é militante, não tem nada na cabeça, se perguntar 7x8 pra ele, não sabe. Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis, uns imbecis, que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades federais no Brasil”, afirmou o presidente na porta do hotel onde está hospedado em Dallas.

Cercado de apoiadores, que gritavam “mito” enquanto concedia uma entrevista coletiva a jornalistas, Bolsonaro primeiro afirmou que não existe corte na educação para, em seguida, dizer que por causa da crise econômica e da arrecadação baixa foi preciso fazer o contingenciamento.

“Na verdade não existe corte, o que houve é um problema que a gente pegou o Brasil destruído economicamente também, com baixa nas arrecadações, afetando a previsão de quem fez o orçamento e, se não tiver esse contingenciamento, simplesmente entro contra a lei de responsabilidade fiscal. Então não tem jeito, tem que contingenciar”, declarou.

O presidente disse ainda que não gostaria de fazer nenhum contigenciamento, em especial na educação, mas afirmou que o setor está “deixando muito a desejar”.

Com informações da Folha de São Paulo.