Publicado em 22/02/2025 às 13:17, Atualizado em 22/02/2025 às 15:07
Ex-presidente disse que ficou com pena de Mauro Cid: "É como um filho"
O ex-presidente Jair Bolsonaro explicou como pretende se defender, depois da denúncia da PGR (Procuradoria Geral de República). Ele afirmou que o julgamento dele, se acontecer, tem que ser no plenário. E prometeu pedir a anulação da delação de Mauro Cid.
"Primeiro que eu devia estar na primeira instância, onde o Lula foi julgado. É o foro adequado. E sendo julgado, tem que ser no plenário. O pessoal do 8 de janeiro está sendo julgado no plenário. E que meu julgamento não seja por gravação de vídeos. Tem que ter debate. Isso é o devido processo legal. Espero que isso aconteça", afirmou Bolsonaro em entrevista ao canal da Revista Oeste.
Sobre a delação de Cid, Bolsonaro comparou com a Operação Lava-Jato, mas mostrou pessimismo: "A primeira tática é anular a delação. Na Lava-Jato, por muito menos, muitas delações foram anuladas. Agora pra mim parece que nada disso vale. É pessoal. O Flávio Dino foi deputado e já tive 'arranca-rabos' com ele. Já tive problemas com o Barroso. Obviamente eles deveriam ser impedidos de me julgar. Mas sabemos que STF toma decisões políticas. Tá nas mãos dos advogados convencer a ir pro plenário, anular delação do Cid e resistir".
Bolsonaro disse que tem "pena" de Cid, pois é "como um filho": "Tenho certeza que a gente vai usar o vídeo do Cid pra desqualificar a delação. Já fomos notificados com prazo de 15 dias para apresentar a defesa. Tem muitos detalhes, é 200 páginas, é longo, com muitas mentiras e teremos só 15 dias. Se não tivesse mídias sociais, não reverteria essa situação. Cada vez mais a gente vê liberdade de expressão ameaçada".
Bolsonaro também criticou desafetos, falando que Gonet "c conseguiu tornar a historia mais fantasiosa do que a PF" e acusou Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), de praticar "pesca probatória". - uma prática investigativa proibida no Brasil, que consiste em buscar por provas, sem objetivo, para embasar acusações.
"Parece algo pessoal do ministro com a minha pessoa. Isso começou, segundo a PF, no dia 21, atacando o sistema eleitoral. Então, se a PF tivesse coerência, tinha que voltar até 2012, quando comecei a pedir voto impresso", declarou Bolsonaro.
Por fim, ele negou que tenha tentado qualquer tipo de golpe porque foi para os Estados Unidos no final de 2022: "Eu não vou dar golpe pegando avião e indo pros EUA, ao lado do Mickey, do Pateta e do Pato Donald. Você não vê uma tuitada minha, não acha nada meu desde quando sai do Brasil".
Com informações do Portal da BAND