Publicado em 17/12/2020 às 09:30, Atualizado em 16/12/2020 às 21:11

Bolsonaro apresenta plano de vacinação com meta de imunizar 51 milhões em seis meses

Somente em 16 meses será possível vacinar toda a população brasileira

Redação,
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Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apresentaram o Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19, na tarde desta quarta-feira (16). A previsão é de imunizar 51,4 milhões até o primeiro semestre de 2021.

O plano é chamado ‘’Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19’’ e destaca que será possível vacinar toda a população brasileira em até 16 meses.

"O cronograma [de distribuição e imunização] depende de registro. Eu posso falar de hipóteses. Temos mais de 300 milhões de doses já negociadas. Temos previsão de medida provisória para ser assinada ainda essa semana de R$ 20 bilhões", afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante a cerimônia.

Nesta terça-feira (15), Pazuello já havia afirmado anteriormente que a vacinação ocorrerá cinco dias após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar um imunizante.

Ainda de acordo com o documento, a vacinação dos grupos considerados prioritários vai ocorrer em quatro fases.

"Principal objetivo é a manutenção dos serviços essenciais", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, durante a cerimônia.

Pela ordem, os primeiros a serem vacinados serão os profissionais de saúde, idosos com mais de 75 anos, pessoas acima de 60 anos que vivem em instituições como asilos e indígenas. Nesta fase, são estimadas 29 milhões de doses (duas para cada pessoa).

Segundo o R7, a segunda fase inclui idosos acima de 60 anos, o que representa 44 milhões de doses de vacina. A terceira fase será composta por pessoas com comorbidades, o que equivale a 26 milhões de doses. E a quarta fase engloba professores, do nível básico ao superior, profissionais de forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional, o que corresponde a 7 milhões de doses.

A vacina a ser usada é a de Oxford, da farmacêutica AstraZeneca com a Universidade de Oxford. Ainda segundo o site, o governo federal deve receber 100 milhões de doses dessa vacina até julho de 2021, conforme acordo prévio. Para o segundo semestre, estão previstas 160 milhões de doses produzidas pela Fiocruz.

O Brasil também receberá 42,5 milhões de doses de vacina contra a covid-19 por meio da Covax, aliança global para distribuição de imunizantes contra a doença coordenado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), determinada de acordo com a aprovação para uso.

Há ainda uma negociação para que o país obtenha 70 milhões de doses da vacina da Pfizer. No documento, o governo afirma dispor de orçamento para a compra de outras vacinas em fase de testes e menciona 13 candidatas, entre elas a CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, que será produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, assim que aprovada, e consta do plano de vacinação do Estado de São Paulo.

Outras vacinas que podem ser adquiridas pelo país são Sputinik V, Janssen e Bharat Biotech, segundo o Ministério da Saúde.