Publicado em 01/09/2016 às 08:27, Atualizado em 31/08/2016 às 22:59

Após impeachment, coordenação nacional do MST diz preparar novas ocupações

Novas ocupações

Redação,

Um dos membros da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Alexandre Conceição, disse, após o último pronunciamento da ex-presidenta Dilma Rousseff, que a organização prepara novas ocupações de terras para as próximas horas em protesto ao que considera um golpe de Estado.

"Os movimentos do campo iniciarão, a partir dos próximos dias ou das próximas horas, ocupações de terras, de latifúndios", disse Conceição, da coordenação nacional do MST, que acompanhou a votação do impeachment no Palácio da Alvorada.

Conceição disse que a mobilização pretende mostrar que os movimentos organizados do campo não aceitam o novo governo do agora presidente Michel Temer, considerado hostil ao trabalhador rural por ter sinalizado retrocessos na política de reforma agrária.

"De agora em diante é luta, a ocupação de latifúndios, mobilizações, atos públicos e ocupações de prédios públicos, se necessário", disse Conceição. Segundo o MST, as mobilizações devem culminar com o Grito dos Excluídos, uma manifestação anual conjunta de diversos movimentos sociais que é tradicionalmente comemorada no dia 7 de setembro.

UNE

A União Nacional dos Estudantes (UNE) divulgou uma nota hoje em que diz que a entidade quer um plebiscito para consultar a população sobre a realização de novas eleições e afirmando que o “Brasil sofreu um golpe”.

“A União Nacional dos Estudantes mais uma vez marca o seu lado na história, ao lado da democracia, contra essa conspiração, este golpe político-institucional que engendrou uma fratura ao estado democrático de direito”.

Segundo a nota, o impeachment de Dilma, deu posse a “um governo ilegítimo que impõe agora uma agenda retrógada e privatista que não foi eleita nas urnas e tem alvo certo: estudantes, trabalhadores, mulheres, negros e LGBTs [lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans e intersexuais]”.

A UNE diz que apoia a proposta de um plebiscito sobre novas eleições porque acredita que é um “instrumento legítimo, constitucional e democrático que apela à soberania maior de uma democracia: o voto popular”.

Fonte - Agência Brasil