Publicado em 09/10/2025 às 07:29, Atualizado em 08/10/2025 às 23:08

Após afirmar que ficará no governo, União Brasil afasta ministro Celso Sabino

No dia 18 de setembro, a Comissão Executiva Nacional do União Brasil pediu que os integrantes do partido que permaneciam em cargos públicos de livre nomeação deixassem as vagas em até 24 horas

Redação,
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Foto - Fábio Rodrigues - Agência Brasil

A Executiva Nacional do União Brasil aprovou, nesta quarta-feira (8), o pedido de intervenção no Diretório Estadual do Pará, que passará a ser conduzido por uma comissão, e a suspensão cautelar das atividades partidárias do ministro do Turismo Celso Sabino.

Seguindo os trâmites previstos no estatuto partidário, o caso será levado ao Conselho de Ética, que terá até 60 dias para se manifestar.

A medida ocorre após Sabino afirmar que continuará no governo Lula, mesmo depois do União determinar a saída de todos os filiados dos cargos.

Conforme relatado pelo próprio partido, a reunião da Executiva ocorreu em formato híbrido e foi conduzida pelo presidente Antonio Rueda.

O relator do pedido cautelar visando à expulsão de Sabino com cancelamento de filiação foi o deputado federal Fábio Schiochet (SC). Coube à senadora Professora Dorinha (TO) a relatoria do pedido de intervenção no diretório regional .

Presente ao encontro realizado na sede do partido, o ministro Celso Sabino se manifestou após a leitura do voto de cada relator.

No entanto, as duas pautas foram aprovadas por mais de três quintos dos votos. A expulsão teve 32 manifestações a favor e uma contra; a intervenção 31 a favor e dois contra.

“Não se trata de uma questão pessoal, é uma posição do partido que precisa ser coerente com seus valores. Respeitamos o tempo do Sabino, mas a decisão da Executiva é soberana”, explicou Rueda.

No dia dois de setembro, os presidentes da Federação União Progressista (UPb), Antonio Rueda e Ciro Nogueira, em uma declaração à imprensa no Congresso Nacional, anunciaram que todos os detentores de mandato do União Brasil e do Progressistas deveriam renunciar a qualquer função no Governo Federal e, em caso de descumprimento, haveria afastamento dos quadros partidários em ato contínuo. A medida também previa punições disciplinares caso os filiados persistissem nos cargos.

No dia 18 de setembro, a Comissão Executiva Nacional do União Brasil pediu que os integrantes do partido que permaneciam em cargos públicos de livre nomeação deixassem as vagas em até 24 horas.