Publicado em 03/06/2022 às 16:45, Atualizado em 03/06/2022 às 17:24

Apesar de pré-candidatura lançada, PT pode se aliar a PSD ou MDB no Estado

A informação foi repassada pelo pré-candidato a deputado estadual Zeca do PT

Redação,
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Foto (reprodução internet)

Apesar de lançada a pré-candidatura da advogada Giselle Marques ao Governo do Estado, o Partido dos Trabalhadores não descarta se aliar a outras legendas em troca de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Mato Grosso do Sul. Para isso, a sigla estaria disposta a abrir mão da candidatura própria e se juntar ao ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD) ou ao ex-governador André Puccinelli (MDB), que também lançaram os respectivos nomes ao Executivo.

A informação foi repassada pelo pré-candidato a deputado estadual Zeca do PT, durante entrevista ao site DouradosNews (3/6) ao fazer uma análise do cenário local.

“O Eduardo Riedel [pré-candidato do PSDB], na minha opinião errou o ‘time’ e anunciou apoiar Bolsonaro [presidente Jair Bolsonaro] muito cedo. A Rose também, então isso nos exclui [de conversar com ambos], porque não vamos subir no palanque do Bolsonaro”, disse, completando em seguida: “nos resta dialogar com Marquinhos [Trad] e André [Puccinelli], com quem eu não me oponho a fazer campanha, mas não subo em palanque”, contou.

As indicações para esses dois possíveis caminhos foram relatadas a Zeca por Lula, em almoço recente entre as partes em Brasília. O ex-presidente inclusive já se reuniu com os irmãos Nelsinho [senador] e Fábio Trad [deputado federal] para tratar sobre o assunto.

“O Lula conversou com os dois irmãos, Nelson e Fábio, os dois simpatizam com a ideia [de aliança] e ficaram de conversar com o ex-prefeito [Marquinhos], mas até agora nada”, afirmou.

Apesar da hipótese, Zeca disse que a legenda continua trabalhando em levar o nome de Giselle às urnas. O período de convenções começa em 20 de julho e termina no dia 5 de agosto.

“Não vamos ficar rastejando [em relação a conversa com outros partidos], vamos dar um tempo e andar com nosso time, reforçando a candidatura da Giselle e do Tiago [Botelho, pré-candidato ao Senado]”, contou, lembrando 1998, quando foi eleito pela primeira vez ao Governo ao desbancar nomes como Ricardo Bacha e Pedro Pedrossian nas urnas.

Orientação

De acordo com a integrante do Diretório Nacional do PT em Mato Grosso do Sul, Katia Guimarães, a orientação da Executiva do partido é dar prioridade ao projeto eleitoral do ex-presidente Lula.

A intenção da legenda é conseguir também eleger grande número de parlamentares para ter um apoio maior no Congresso.

“Entendemos que nossa prioridade máxima é eleição do presidente Lula, e nesse sentido, construir palanque robusto pro Lula no Brasil todo. Nossa prioridade é essa, depois elegermos uma grande bancada, e por último as candidaturas majoritárias. O PT terá candidaturas majoritárias em poucos Estados. Indicação é para candidatura ao Governo onde houvesse possibilidade de reeleição ou liderando pesquisas, o que não é nosso caso”, explicou relatando a possibilidade de alianças.