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24/06/2021 às 06:51, Atualizado em 23/06/2021 às 20:54

Alvo de investigações, Ricardo Salles pede demissão do governo

Joaquim Álvaro Pereira Leite, que era da Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais, vai substitui-lo no cargo.

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Foto - reprodução site UOL

Alvo de investigações, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu nesta quarta-feira, demissão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Logo depois, Salles concedeu entrevista a jornalistas justificando a sua saída. Joaquim Álvaro Pereira Leite, que era da Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais, vai substitui-lo no cargo.

Autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), investigação da PF (Polícia Federal) apura se Salles atuou para afrouxar o controle do Ibama sobre a exportação de madeira. Segundo as investigações, ele reuniu-se em março do ano passado com um grupo de madeireiros no Pará que vinham tendo cargas de madeira retidas em portos no exterior por falta da autorização do Ibama.

A Operação Akuanduba executou buscas e apreensões nos endereços de Salles e de outros 21 investigados, entre servidores do ministério, dirigentes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e empresários do ramo madeireiro.

Durante a coletiva, Salles também destacou ações feitas pela sua gestão, além do equilíbrio entre desenvolvimento econômico e sustentável.

"Tivemos cuidado com todos os aspectos daquele ministério. Ao mesmo tempo, respeito também o agronegócio, empresários de todos os setores, de mineração, imobiliário. A necessidade do Brasil de ter suas obras de infraestrutura, ser líder do agro. Esse equilíbrio importante que foi pedido pelo presidente desde o início decorre com o compromisso que temos com o Brasil", disse Salles.

"Fizemos o maior programa de pagamento do mundo, fizemos também muito importante o início de uma negociação que se concretizara no fim do ano na Cop 16, os países ricos pagarem pelo carbono que usarem. Essa postura firme que tivemos permitiu que essa negociação se iniciasse. Fizemos também no âmbito do ministério uma série de outras medidas, que são justamente alinhadas pelo projeto escolhido para o BR em 2018 com a eleição do presidente Bolsonaro", concluiu.

Com informações do UOL

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