Publicado em 18/11/2021 às 14:39, Atualizado em 18/11/2021 às 17:42

Alvo da PF, vereadora se defende e reclama de ação policial ofensiva

Segundo ela, equipe desrespeitou prerrogativa de advogada

Redação,
Cb image default
Foto - reprodução redes sociais

Alvo da operação "A Verdade Vos Libertará", a vereadora Daniela Hall (PSD) negou as acusações de irregularidades na campanha eleitoral de 2020 e criticou a Polícia Federal, que cumpriu mandado de busca e apreensão na casa da parlamentar na manhã desta quinta-feira (18).

Segundo ela, quatro policiais homens entraram no imóvel, acompanhados por duas testemunhas, enquanto a vereadora estava de roupas íntimas, e não a deixaram se vestir de forma apropriada.

Em entrevista ao Dourados News, Daniela disse que os policiais foram respeitosos, mas violaram prerrogativa dela, como advogada, de estar acompanhada de um representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

“A OAB soube do cumprimento do mandado pela imprensa e a comissão chegou após a saída da polícia. Fica minha indignação porque meu escritório de advocacia é na minha casa e também pelo fato de terem ido apenas policiais homens", apontou.

"Eu estava de roupas íntimas, não me permitiram trocar de roupas, chamaram duas testemunhas, dois homens também, então entraram seis homens estranhos na minha casa e não me deixaram sequer trocar de roupa. Mas isso tudo faz parte, a gente sabe que algumas operações gostam de ser bastante pirotécnicas e isso faz parte do jogo”, complementou.

A vereadora pediu que a entidade de classe tome providências já que o PSD estaria de mãos atadas. “Não existe um procedimento judicial, existe uma investigação policial, então eu acredito que o partido, por enquanto, não tem muito o que fazer, até porque as contas eleitorais do partido foram aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral, e as minhas contas também".

Daniela também negou suposta prática de falsidade ideológica nas prestações de contas de campanha do PSD e enfatizou que correligionários chegaram a ficar descontentes pela falta de recursos partidários.

“Corre na Polícia Federal desde março ou abril investigação por conta de candidato do partido PSD que teria recebido dinheiro sem contabilizar na campanha de 2020. Já fui chamada, ouvida, soube depois que outros candidatos também foram ouvidos, e hoje houve o cumprimento de mandado de busca e apreensão para tentar buscar algum tipo de documentação que comprove a alegação”, explicou ao Dourados News.

Da casa da vereadora, os policiais federais levaram a ata de filiação do PSD e um celular. Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, inclusive na Câmara Municipal de Dourados.