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02/01/2017 às 13:05, Atualizado em 02/01/2017 às 16:07

Vítimas de chacina familiar são veladas juntas

As vítimas estão sendo velados todas juntas em uma única sala. Segundo a administração do cemitério, eles esperam um movimento maior no início da noite.

Os corpos das 12 vítimas da chacina cometida contra uma família durante uma festa de réveillon na noite de sábado (31), em Campinas (SP), chegaram ao Cemitério da Saudade do município para serem velados no início da noite deste domingo (1º). Entre eles estão a ex-mulher e o filho de 8 anos de idade do autor do crime, que se matou após os assassinatos. O velório do autor dos disparos está sendo realizado na cidade vizinha, Jaguariúna (SP).

Sidnei Ramis de Araujo invadiu, pouco antes da meia-noite, a casa aonde a ex-mulher e o filho aguardavam a virada do ano com familiares, e matou a tiros os dois e outras 10 pessoas que participavam da festa. Ele brigava na Justiça com a ex pela guarda da criança.

Despedida

Já no início da chegada dos corpos, o Cemitério da Saudade estava cheio de amigos da família, parentes e pessoas que não conheciam as vítimas, mas se solidarizaram após saber do fato pela imprensa. O clima no local era de revolta, tristeza e indignação.

As vítimas estão sendo velados todas juntas em uma única sala. Segundo a administração do cemitério, eles esperam um movimento maior no início da noite.

Os sepultamentos estão agendados para as 9h desta segunda-feira, sendo que, por se tratar de vários membros de uma única família, os sepultamentos serão feitos um de cada vez, de 15 em 15 minutos.

Escola em luto

A professora Tatiana Ferreira deu aula para João Victor Filier de Araujo há dois anos, quando ele estava no 1º ano do Ensino Fundamental. Ela foi até o cemitério se despedir do ex-aluno. "Ele já entrou sabendo ler e escrever. E a mãe era um doce. Sempre atendia prontamente às solicitações da escola", lembrou. Ela disse que na escola o pai não era autorizado a buscar o filho, que só poderia ser levado pela mãe ou pelo motorista da van contratada por ela. Tatiana contou que na escola estão todos muito abalados.

José Carlos Feitosa Amorim é amigo da família. "É uma pena porque ele fez [atirou nas pessoas] isso de forma aleatória. Sou amigo da família, poderia estar lá também, mas essa reunião foi mais da família", declarou.

Investigação

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo divulgou nota neste domingo, afirmando que o caso segue em investigação em um inquérito policial no 3º distrito policial de Campinas. Segundo a nota, testemunhas estão sendo ouvidas para auxiliar no trabalho de apuração. Todo material apreendido será periciado pelo Instituto de Criminalística (IC).

Fonte - G 1

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