Publicado em 06/11/2025 às 16:00, Atualizado em 06/11/2025 às 13:40
Vítima foi espancada com tijolos e pedaços de concreto; penas variam de 12 a 16 anos de prisão em regime fechado
O Tribunal do Júri de Dourados condenou, na terça-feira (4), três homens pelo assassinato de Flávio Maury de Souza, de 44 anos, ocorrido em 11 de maio de 2024, no bairro Jardim Santa Maria. A vítima foi brutalmente espancada com tijolos, pedras e pedaços de concreto em um campo de futebol, vindo a falecer no Hospital da Vida após o socorro.
Os réus Natan Gustavo da Silva Ferreira (21), Paulo Henrique Vasconcelos Soares (27) e Valdeir Cavalcante Ramos (20) foram condenados por homicídio qualificado — por motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A sentença fixou as seguintes penas:
- Paulo Henrique: 16 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão;
- Natan Gustavo: 14 anos de reclusão;
- Valdeir Cavalcante: 12 anos de reclusão.
Conforme decisão do juiz Ricardo da Mata Reis, todos deverão cumprir pena em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.
Motivação e dinâmica do crime
De acordo com o processo, o crime foi motivado por retaliação. Os acusados estavam consumindo maconha próximo ao campo quando decidiram agredir Flávio, alegando que ele teria ameaçado um deles e cometido furtos na região.
A vítima foi cercada, espancada com socos e chutes e, em seguida, atingida com pedaços de tijolo e concreto até perder a consciência.
Durante o julgamento, Valdeir Cavalcante alegou ter agido em legítima defesa, afirmando ter sido ameaçado pela vítima. Os outros dois réus permaneceram em silêncio durante o plenário.
O Ministério Público, representado pelo promotor Luiz Eduardo Santanna Pinheiro, destacou a extrema violência do crime e pediu o agravamento das penas, o que foi acatado parcialmente pelo júri.
Os três condenados seguirão presos na Penitenciária Estadual de Dourados (PED), onde já estavam detidos desde a prisão preventiva.