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18/03/2017 às 15:02, Atualizado em 18/03/2017 às 11:33

Três meses após morte da filha, mulher perde outro filho em acidente

Homem foi atropelado por foragido da Justiça e mãe pede justiça.

Três meses depois de perder a filha Aline dos Reis Franco, 26 anos, que morreu em dezembro por complicações após suposto aborto clandestino, Helemary Fátima dos Reis, 52, vive novo drama, com a morte do filho Jorge Luis dos Reis, vítima de atropelamento na última segunda-feira (13), em Água Clara. Com suspeito solto e sem laudo da morte da filha, Helemary cobra justiça em ambos os casos.

Segundo Helemary, Jorge Luis era especial e era aluno da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

Conforme boletim de ocorrência, vítima estava na calçada, quando carreta, que seguia pela rua Primeiro de Maio, fez manobra para entrar na avenida Luiz Fiuza Lima e atropelou o rapaz, em cima do meio fio.

Jorge Luis ficou preso nas rodas traseiras do reboque da carreta e morreu na hora. Motorista, identificado como Alan Kardec da Conceição, 38 anos, fugiu do local sem prestar socorro e ainda não foi localizado.

Conforme a Polícia Civil, contra o motorista há mandado de prisão em aberto pela 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande pelo crime de tráfico de drogas.

Caso foi registrado como homicídio culposo na direçao de veículo automotor e está sendo investigado.

Com o suspeito solto, Helemary disse ao Portal Correio do Estado que quer justiça e que o homem seja preso. Ela deve vir a Campo Grande na próxima semana para cobrar celeridade às autoridades policiais.

“Tem três meses que enterrei a Aline e essa semana fui visitada por nova tragédia, estou em fragmentos, não sei o que fazer. Suspeito já foi identificado, é foragido da Gameleira e a polícia ainda não pôs as mãos nele, quero que ele seja preso”, disse Helemary.

ABORTO CLANDESTINO

No dia 8 de dezembro do ano passado, velório de Aline, que morava na Capital, foi interrompido por policiais e o corpo encaminhado para exame com objetivo de atestar a causa da morte. A suspeita era de que a jovem pudesse ter morrido em decorrência de aborto clandestino.

Aline morreu após receber medicamento injetado na veia. Ela estava grávida de dois meses e técnico de laboratório Dnilson Rodrigues Nunes, 40 anos, foi apontado por amiga dela de ter provocado o aborto.

Ele, que já tem histórico como autor em outro caso de aborto, teria cobrado R$ 600 por medicamento Cytotec – indicado para tratamento e prevenção de úlcera do estômago, mas também usado como abortivo e que teria sido ministrado em Aline.

Delegado responsável pelas investigações, Rodrigo Nunes Zanotta, disse que no dia dos fatos, o técnico foi até a casa da amiga da vítima, injetou medicamento em Aline que convulsionou, bateu a cabeça no chão e logo morreu. Preso, ele negou participação no crime.

Helemary, que mora em Água Clara, não sabia da gestação de dois meses da filha e ficou sabendo do episódio por amiga.

Aline deixou casal de filhos órfão. Ela tinha menina de 11 anos e menino de seis anos. Laudo que comprova a causa da morte da jovem ainda não foi entregue à autoridade policial.

Fonte - Correio do Estado

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