Publicado em 27/12/2019 às 10:32, Atualizado em 26/12/2019 às 21:17

Tráfico de animais aumenta e 6 são presos por contrabando de 180 aves

Apreensões durante Operação Bocaiúva aumentou 30% em relação ao ano passado.

Redação,
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Divulgação PMA

Operação comanda pela PMA (Polícia Militar Ambiental) e o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), iniciada em agosto e encerrada nesta quinta-feira, em Mato Grosso do Sul, prendeu seis pelo tráfico de mais de 180 aves.

O número é quase 30% maior que em 2018, quando foram apreendidas 141 aves.

Em 2017, quando não foi realizada a Operação Bocaiúva, o número de apreensões foi quase 50% maior que neste ano. Na época, foram apreendidos 357 papagaios, indicando a importância da operação para a prevenção ao tráfico.

A ação executada nos últimos quatro meses resultou na prisão de seis pessoas, autuadas em R$ 740 mil, e apreensão de 180 aves da espécie papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), além de cinco periquitos.

Bocaiúva - O operação contra o tráfico de animais silvestres é realizada no período reprodutivo dos psitacídeos (papagaio, arara, periquitos, maritacas, etc.). O trabalho envolveu 43 policiais e fiscais, desde o dia 15 de agosto, no intuito principal de evitar a retirada dos filhotes dos ninhos.

As equipes foram distribuídas em fazendas e bloqueios e outros órgãos de segurança, como, unidades da Polícia Militar, Polícia Civil e PRF (Polícia Rodoviária Federal), principalmente da região com maior índice do tráfico, foram alertados para atentarem ao problema neste período e apoiarem em suas operações.

Áreas monitoradas - A região principal do problema de tráfico de papagaio são os municípios próximos às divisas com os estados de São Paulo e Paraná, como Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina, Três Lagoas e Brasilândia, além de Naviraí, Itaquiraí, Eldorado e Mundo Novo.

O período de agosto a dezembro é preocupante com relação ao tráfico de animais silvestres, pois é o período reprodutivo dos papagaios, animal mais traficado no Estado. A PMA mantém trabalhos preventivos nas propriedades rurais para prevenir a retirada dos animais e aliciamentos de funcionários de fazendas e assentados pelos traficantes, para a retirada dos filhotes.