'Todos de luto': morte de menina de 6 anos após estupro choca cidade com 8 mil habitantes

Pacata e tranquila, a típica cidade interiorana. A morte de Sophia, de 6 anos, após ser estuprada e sequestrada deixou boa parte das pessoas que moram em Douradina (MS) chocadas com o crime e em luto pela perda da menina, conforme reportagem do site g1 MS.

O suspeito pelo crime, de 18 anos, foi identificado como Marcos Antônio Bairros. O rapaz foi preso em flagrante após confessar os abusos contra Sophia e morte da menina.

Os dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que o assassinato de Sophia é o primeiro caso de morte violenta este ano em Douradina. No ano passado, um caso foi registrado. Levando em consideração todo o período de quando os dados são computados, de 2013 até 2023, são 7 mortes violentas na cidade.

Nos anos de 2016, 2017, 2019, 2020 e 2021, não foram registrados casos de homicídio doloso na cidade.

Relatos

O g1 conversou com alguns moradores de Douradina que tinham contato com Sophia. A professora de uma escola na cidade Cídia Angélica, comenta que a última vez que viu a menina foi na semana passada, em um mercado. A tristeza é iminente ao abordar o assassinato.

"Estou com coração apertado. Já chorei tanto, tanto. A Sophia parece que é da família. Vi ela essa semana no mercado, até me abraçou. Estou com meu coração dilacerado, meu Deus", compartilhou a professora.

Cídia comenta que Sophia tinha um jeito meigo e sempre atenciosa aos amigos de sala de aula. Na sala da diretora, o cumprimento era diário. "Na escola, tão amorosa! Chegava, ia na porta da minha sala e falava 'oi, diretora', todos os dias".

A professora comenta que Douradina está em luto, a cidade está abalada, como Cídia define. Edméia Adomaitis deu aula durante o segundo semestre de 2022 todo para Sophia.

Edméia relata que o luto após a morte de Sophia se tornou generalizado na cidade. A professora relatou que as mensagens de apoio aos familiares da menina e externado tristeza estão nas publicações de vários moradores da cidade.

"É um luto geral, se pegar status de todos, não tem não esteja revoltada. Fizeram essa barbárie com Sophia. É revoltante! Acabamos conhecendo boa parte da população. Nos apegamos a pessoas em toda a cidade. Você se acaba sentindo a dor da mãe, da família e de todos. Fiquei imaginando como os coleguinhas de classe estão se sentindo hoje. Sophia era uma criança meiga, carinhosa e super protetora", relembra a professora.

Relembre o caso no link abaixo.