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03/07/2019 às 09:35, Atualizado em 02/07/2019 às 21:37

Testa de ferro de quadrilha de tráfico internacional é condenado a 14 anos

Acusado lavava dinheiro do tráfico para quadrilha desmantelada na Operação Nevada.

Garagista André Luiz de Almeida Anselmo, que atuava como “testa de ferro” em uma organização criminosa de tráfico internacional de drogas, foi condenado a 14 anos e três meses de prisão, em regime fechado, pelo crime de lavagem de dinheiro, além da perda de dois veículos e multa que ultrapassa R$ 45 mil.

Dono da revenda de veículo I9, Anselmo seria o testa de ferro do grupo, responsável por lavar dinheiro do comércio de entorpecentes, emprestando o nome dele, da esposa e da empresa para compra e ocultação de bens provenientes de lucro com o tráfico de droga, além de ocultar veículos recebidos como pagamento pela droga na garagem.

Conforme denúncia do Ministério Público Federal (MPF), como forma de despistar a ilicitude da movimentação financeira do grupo, o acusado misturava os negócios legais e ilegais.

Segundo apontou investigação, os bens pertenciam aos irmãos Odir, Odacir e Odair Corrêa Santos, chefes do esquema. Em janeiro, Odir foi condenado a 51 anos de prisão, enquanto os irmãos foram condenados a 14 anos, junto com mais 14 pessoas, pela 3ª Vara Federal de Campo Grande.

OPERAÇÃO

Integrantes da organização criminosa foram presos pela Polícia Federal durante a Operação Nevada, em 2016, que descortinou ações do grupo criminoso especializado em tráfico internacional de drogas, que envolvia a entrada de cocaína de origem boliviana no Brasil.

O patrimônio da quadrilha foi avaliado em mais de R$ 10 milhões (boa parte já leiloada), conquistado por meio do despacho da cocaína, que tinha Mato Grosso do Sul como entreposto.

A logística utilizada envolvia o arremesso da droga de aeronaves em áreas rurais, de onde posteriormente eram transportadas por rodovias, com destino ao estado de São Paulo, onde ficava localizado o núcleo criminoso dos compradores.

Os acusados mantinham vida de lixo e ostentação, tendo imóveis de alto padrão, veículos de luxo, joias e dinheiro em espécie.

Durante as investigações, foram apreendidas grandes quantidades de cocaína, sendo a maior delas avaliada em mais de US$ 1,3 milhão. Também foi decretado pela Justiça Federal o perdimento de apartamento em São Paulo e 16 veículos.

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