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18/05/2019 às 16:30, Atualizado em 18/05/2019 às 11:13

Sem documentação sanitária, 160 canários-peruanos são sacrificados

Aves foram traficadas da Bolívia e estavam apreendidas desde terça.

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Divulgação

Os 160 canários-peruanos apreendidos com uma comerciante de 33 anos na terça-feira (14), traficados da Bolívia, foram sacrificados pela Polícia Militar Ambiental (PMA), em Corumbá. A medida é necessária por conta do risco sanitário.

O canário-peruano não faz parte da fauna brasileira e Mato Grosso do Sul é rota do tráfico das aves. De acordo com a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), por entrar no País ilegalmente, os canários não tinham documentação sanitária obrigatória, o que coloca em risco a fauna, avicultura e, consequentemente, a economia do Estado.

Nestes casos, em que não é possível saber a origem dos animais que vem de fora do território brasileiro e sem a documentação obrigatória, para não colocar o País em risco, o sacrifício é a medida determinada pelas legislações estadual e federal.

Dessa forma, os animais que estavam apreendidos no quartel da PMA em Corumbá, foram sacrificados e incinerados após mortos.

APREENSÃO

Os canários-peruanos de origem boliviana foram encontrados na residência da comerciante pela PMA, após a PMA receber denúncia de que os pássaros estavam no local. As 160 aves estavam em pequenas gaiolas revestidas por bolsas plásticas.

Mulher disse aos policiais que as aves foram deixadas por um boliviano e que ela receberia R$ 50 por animal, para escondê-los. Ela foi multada em R$ 34 mil e responderá por crime ambiental.

ROTA

O animal entra no Brasil, trazido por traficantes peruanos, bolivianos e brasileiros e é levado, na maioria das vezes, para Brasília (DF) e para a região Nordeste e norte de Minas Gerais, para serem utilizados em “rinhas”, por ser uma espécie apenas um pouco maior, mas muito parecida com o Sicalis flaveola brasiliensis, o nosso “canário-da-terra”.

Os canários peruanos também são cruzados em cativeiro com a ave brasileira, fato que coloca em risco esta espécie. O cruzamento produziria um espécime intermediário, difícil de ser diferenciado e muito forte para utilização em “rinhas”. Uma única vez, no ano de 2015, cinco canários foram apreendidos em Corumbá, sendo criados em cativeiro.

Conforme a PMA, a lei não reconhece o tráfico do canário-peruano, ou outra espécie exótica vinda de outro País, como tráfico e, sim, como introduzir espécie no País sem autorização.

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