Publicado em 15/05/2018 às 08:31, Atualizado em 14/05/2018 às 23:45

Professor acusado escolhia dia de provas para aliciar vítimas de assédio

Se confirmados os casos, no total sete vítimas sofreram abuso.

Redação,
Cb image default
Foto: Reprodução Correio do Estado

O professor de 59 anos, acusado de assediar sexualmente adolescentes na escola onde ministrava aulas no bairro Piratininga, foi preso nesta segunda-feira (14) e poderá responder por estupro de vulnerável, em três inquéritos registrados na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).

O delegado responsável pelo caso, Fábio Sampaio, informou ainda que três vítimas prestaram depoimento, durante atendimento psicosocial e a forma de agir do suspeito é parecida.

"Os abusos aconteciam dentro de sala de aula, geralmente, os últimos a sair em dias de avaliação. Inclusive teve um menino de 12 anos, com o qual o professor travou amizade fora do ambiente escolar", explicou.

Sampaio acrescentou que a polícia não tem dúvidas sobre o abuso, primeiro em razão da repetição das denúncias. "Não temos dúvida sobre os abusos, visto que os relatórios de depoimento dos adolescentes é semelhante e inclusive eles citaram o nome de mais quatro colegas, que devem ser ouvidos e se for confirmado, o número de vítimas aumentará para sete", pontua.

DEFESA

Segundo o advogado de defesa, Ronaldo Franco, o professor nega as acusações e também não sabe dizer porque os alunos teriam feito as acusações. "Este não é um caso como homicídio que você alega legítima defesa. Ou prova-se a inocência ou então confessa o que aconteceu, mas, posso antecipar que os relatórios feitos até agora apresentam muitas afirmações desencontradas", observa.

Franco ressalta ainda que "ninguém se torna pedófilo do dia para noite. O professor não tem antecedentes criminais e registra mais de 30 anos como docente na rede pública estadual e municipal da Capital. ", conclui.

O suspeito foi encaminhado para Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) e nesta terça-feira passará por audiência de custódia.

Conteúdo - Correio do Estado