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21/03/2023 às 07:53, Atualizado em 21/03/2023 às 12:01

Policial preso por agredir a namorada e destruir carro é condenado a pagar mais de R$ 30 mil de indenização

Segundo a defesa da vítima, a mulher realiza tratamentos na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em razão do trauma sofrido e está sem automóvel por não ter dinheiro para o conserto

Um policial penal, de 45 anos, foi condenado a pagar R$ 30,7 mil por indenização moral e material à ex-namorada. Em agosto de 2021, o policial foi preso por agredir a vítima e também destruir o carro dela com uma barra de ferro.

O g1 tentou contato com a defesa do acusado, mas sem exito.

"Fora a esfera criminal, feito pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). A vítima também nós contratou para entrar com uma ação civil contra ele, que foi a que ganhamos. Ele foi condenado em danos morais e material", explicou o advogado da vítima, Maikol Mansour.

Conforme o processo, a vítima contou que era namorada do acusado e que, após um surto de ciúmes, ele a agrediu e danificou seu veículo. Blindado, o conserto do carro foi orçado em R$ 22,7 mil. Como não tinha condições financeiras de arcar com o reparo, ela está sem o automóvel desde então.

Na decisão, o juiz Paulo Afonso de Oliveira determinou que o policial pague o valor do conserto e mais R$ 8 mil por danos morais.

Ainda no processo, foi apresentado que o policial recorreu à decisão, alegando já ter pago R$ 8,5 mil pelos danos causados ao carro. Entretanto, conforme o juiz, não há qualquer elemento de prova que demonstre que o homem teria indenizado a vítima com esse valor.

Crime

Em agosto de 2021, o policial foi preso depois de agredir a namorada e quebrar o carro dela após uma crise de ciúmes. Ele foi flagrado por várias testemunhas cometendo o crime e, após ser preso, afirmou ter "bebido muito e cheirado cocaína pela primeira vez". Veja o vídeo abaixo.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima havia chamado um mecânico após o carro dela apresentar problemas. O namorado foi até o local, um posto de combustíveis na Avenida Afonso Pena, e teve um surto de ciúmes ao ver a companheira conversando com o profissional. Alex a teria agredido com tapas no rosto e socos nas pernas e braços, além de ter dado um soco no nariz do mecânico.

Na época, em depoimento a polícia, a mulher disse que o policial penal ainda colocou a mão na cintura para puxar a arma de fogo, quando percebeu que o revólver estava no carro. Ela ainda contou à polícia que o namorado disse que iria dar dois tiros nela, pois ele estaria sendo traído.

Depois do crime, o homem fugiu do local, mas teve o seu endereço informado por pessoas conhecidas. A Polícia Militar foi até a residência do homem, mas o agente penitenciário, de primeiro momento, se recusou a sair e ainda ameaçou os militares.

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