Uma operação conduzida por policiais civis do Garras (Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) resultou na apreensão de uma carga avaliada entre R$ 10 e R$ 20 milhões em perfumes importados contrabandeados, em Campo Grande.
O esquema, que operava em um imóvel localizado no bairro Coronel Antonino, funcionava como uma central de distribuição dos produtos ilegais. A investigação apontou que a quadrilha atuava no chamado “modelo formiguinha”, dividindo grandes volumes de mercadoria em pequenas remessas para tentar despistar a fiscalização.
Durante a ação, os agentes receberam informações de que um homem de 38 anos entregaria parte da carga no local. Após monitoramento, os policiais observaram dois veículos chegarem ao endereço: um Toyota Etios, dirigido por um homem de 54 anos, e um Fiat Doblo, conduzido pelo suspeito que já vinha sendo investigado. Ao perceber a presença dos agentes, ele tentou fugir, mas foi rapidamente contido.
Dentro do carro, os policiais encontraram diversas caixas de perfumes importados sem nota fiscal. Ao revistar o imóvel, a equipe descobriu um verdadeiro depósito: centenas de caixas cheias de perfumes prontos para serem despachados pelos Correios. A investigação revelou que os produtos eram vendidos pela plataforma Shopee, movimentando valores milionários.
Além dos dois veículos, um caminhão carregado de perfumes contrabandeados também foi apreendido. A operação começou por volta das 14h30 e se estendeu até a noite, com apoio da Receita Federal, que ficou responsável pela apreensão e avaliação das mercadorias.
Quatro pessoas foram presas em flagrante — dois gerentes do imóvel e os dois motoristas envolvidos no transporte das cargas. Todos pagaram fiança equivalente a 20 salários mínimos e foram liberados. Os demais funcionários que estavam no local foram ouvidos como testemunhas.
De acordo com o Garras, o grupo criminoso vinha sendo monitorado há mais de um ano. A empresa “Top Parfum” foi identificada como fachada usada para o comércio ilegal e contrabando dos perfumes, que eram enviados pelos Correios para lojas de Mato Grosso do Sul e de outros estados.
A apreensão representa um dos maiores golpes contra o contrabando de cosméticos no estado, e as investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema.
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