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20/09/2018 às 06:49, Atualizado em 20/09/2018 às 10:52

Polaco presta depoimento em Brasília e nega contato com Reinaldo

Em depoimento na sede da Polícia Federal em Brasília como parte das investigações da Operação Vostok, o corretor de gado José Ricardo Guitti Guimaro, o “Polaco”, negou ter sofrido “qualquer tipo de ameaça” vinda do advogado Rodrigo Souza e Silva, filho do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Além disso, descartou ter mantido algum tipo de contato com o chefe do Executivo estadual e que as vendas de carne citadas como falsas –a fim de justificar pagamentos de propinas– eram legítimas.

As informações foram prestadas ao site Campo Grande News pelo advogado José Roberto da Rosa, contratado pela família de Polaco na semana passada para tratar de detalhes quanto a apresentação de seu cliente.

O depoimento contradiz acusações de executivos da J&F contra integrantes da gestão de Reinaldo, apontando que benefícios fiscais para que frigoríficos da JBS operassem no Estado vieram em troca de pagamentos.

Guimaro foi alvo do único mandado de prisão não cumprido na Vostok –operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal que apura o suposto esquema de uso de notas frias de venda de gado para alicerçar pagamentos de propinas em troca dos incentivos fiscais.

A ação, deflagrada em 12 de setembro, envolveu 13 prisões temporárias, incluindo Rodrigo. Com validade de cinco dias, elas expiraram no domingo, quando todos os investigados foram liberados. Polaco, porém, alegou estar no interior do Pará, em local incomunicável, não sendo encontrado pelas autoridades. A Vostok o apontou como operador no esquema de uso de notas frias para justificar os pagamentos ilegais, denunciados pelos empresários Joesley e Wesley Batista, do Grupo J&F.

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